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terça-feira, 7 de novembro de 2023
TEMPESTADE NA TERRA... E NO SOL
Gestão climática precisa sair do discurso...
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
A "lacrosfera" não olha para cima...
A terra (e seus fenômenos geoclimáticos), deve ser também observada no seu contexto interplanetário, solar e cósmico.
TUDO está conectado.
Embora ainda estejamos conhecendo o universo para além de nossa atmosfera, já temos elementos suficientes para elaborar planos de gestão de resiliência, adaptação, contingência e emergência climáticos mais abrangentes que a miopia climatista atual.
Neste vídeo, relaciono o evento extremo ocorrido em São Paulo (e em toda a região do estado), no dia 3 de novembro, à tempestade solar verificada no mesmo período, com reflexos diversos no planeta.
Como primeiro secretário do clima na quarta metrópole do planeta, iniciei um formato de gestão antenado com todas essas questões, obtendo sucesso nos momentos críticos de chuva, frio e seca no período de dois anos. A experiência de coordenação do plano preventivo de chuvas de verão nos levou a propor um sistema de monitoramento e controle das ações de prevenção integrado, um plano de contingência para períodos de baixa umidade e temperaturas extremas.
TODOS foram deixados de lado após minha saída. O resultado... pudemos ver.
No entanto, vejo que a lacrosfera não compreendeu a profundidade das ações. Presa ao vínculo das "mudanças climáticas" com o protagonismo antropocêntrico, a lacrosfera insiste em ignorar os fatores exógenos à ação humana. Desprovida de humildade, a bancada globalista do clima, suportada por hordas de cientistas "anticientíficos", protagoniza um episódio da série "capitão planeta", com final patético - condenando a economia mundial a dispendiosas ações de MITIGAÇÃO, quando, em verdade, deveria o mundo investir em PREVENÇÃO, CONTINGÊNCIA, RESILIÊNCIA e ADAPTAÇÃO.
O discurso da lacrosfera é estreito e autoritário. O anticientificismo dissimulado no discurso ideológico de "combate às mudanças climáticas" atende à demanda identitária e biocentrista - voltada à MITIGAÇÃO, como forma de controle geopolítico. Nada a ver com ADAPTAÇÃO e RESILIÊNCIA - as demandas realmente importantes, descentralizadas, controladas localmente e vinculadas à autonomia e soberania.
Enquanto países reduzem seu PIB sem qualquer resultado mensurável, a terra prossegue geologicamente suas mudanças e o sol também...
A gestão climática precisa sair do discurso do protagonismo antropocêntrico mitigador. É necessário assumir governança das ações de prevenção, adaptação e resiliência.
Mitigação é necessária, mas não deve levar ao suicídio. Há de se buscar uma funcionalidade econômica em prol do desenvolvimento, não do "envolvimento" rumo à dependência.
Espero que os governos acordem... antes que seja tarde.
Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Fundador do escritório Pinheiro Pedro Advogados, é CEO da AICA - Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, membro do Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política da FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa - API. É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.
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