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sábado, 30 de junho de 2018

A COPA DAS MOLAS

A muralha neutralizou o toque de bola...



Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro

Decididamente, a Copa do Mundo da Russia ficará marcada como a "Copa das Molas".

O toque de bola foi neutralizado pelas muralhas defensivas que, uma vez  roubada a posse da bola ao adversário,  impulsionam atacantes "estilingados" em direção ao gol.

O contra-ataque tornou-se objetivo estratégico  prevalente. O avanço súbito é favorecido pela forma física excepcional de jogadores treinados para a explosão. 

Não há como comparar os novos destaques com os antigos craques que explodiam em direção ao gol adversário. Hoje, a explosão é planejada. Atacantes e meias ofensivos não jogam sozinhos, sabem tabelar e ganham apoio eficaz pelas laterais.

Passes em profundidade, lançamentos de trinta metros e deslocamentos em velocidade, por dezenas de metros, contrastam em eficácia com a "lenta e interminável" troca de passes de seleções que sempre se notabilizaram pelo toque de bola e meio-campistas habilidosos.

Coutinho, se estivesse vivo, ficaria feliz de ver que sua jogada de  "overlapping" terminou consolidada. 

A "mola" parece ter se tornado, definitivamente,  a coreografia do futebol moderno.   

Ganha a velocidade, ganha a explosão individual, em duplas ou em trios e...perde o envolvimento habilidoso do adversário por meio do toque de bola, o drible sutil e a troca de passes, da intermediária à área inimiga.







Antonio Fernando Pinheiro Pedro é palmeirense, advogado  e jornalista. 







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