A Frente Geopolítica do Narcoterrorismo e da Influência Totalitária Global
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| Trump -AFPP-IA |
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
"O mundo não está ameaçado pelo mal, mas por aqueles que permitem a maldade." — Albert Einstein
A Crise Sul-Americana e os Vetores da Desestabilização
A América do Sul, outrora palco de utopias libertárias e revoluções idealistas, hoje se apresenta como um cenário complexo, onde o crime organizado, o terrorismo internacional, a burocracia excessiva e a fragilidade institucional se entrelaçam sob a influência de movimentos ideológicos radicais, organizações não governamentais transnacionais, lideranças militares fragilizadas e estruturas judiciais politizadas.
O Ditador, o Ex-Guerrilheiro e o Narcoterrorismo Internacional
O clima geopolítico no Caribe se intensificou, não por razões climáticas, mas por fatores políticos e estratégicos. Nicolás Maduro deixou de ser apenas um líder autoritário e passou a ser considerado um agente do narcoterrorismo internacional, com recompensa de 50 milhões de dólares oferecida pelos EUA por sua captura.
Reconhecido como líder do Cartel de los Soles, transformou a Venezuela em um Estado colapsado, sustentado por milícias, generais comprometidos e conselheiros estrangeiros. Apesar de possuir vastas reservas de petróleo, o país enfrenta escassez generalizada e depende de importações dos próprios Estados Unidos — seu adversário ideológico declarado.
Na Colômbia, Gustavo Petro enfrenta crescente pressão internacional e interna, com perda de apoio popular e vínculos controversos com o narcotráfico e grupos armados. O assassinato de seu principal opositor nas eleições acentuou a crise política.
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| Acre - Nova "Tríplice Fronteira" |
O episódio envolvendo o almirante Alvin Holsey, impedido de visitar o Acre em 2025, marcou o início de uma escalada diplomática. Os EUA responderam com sanções comerciais, restrições de vistos e aplicação da Lei Magnitsky a autoridades brasileiras, sinalizando que o atual governo brasileiro entrou no radar da segurança nacional americana.
O Acre, antes periférico, tornou-se ponto estratégico na nova tríplice fronteira com Peru e Bolívia, por onde circulam recursos ilícitos e influência geopolítica. Facções criminosas brasileiras conectam-se a redes internacionais, incluindo grupos extremistas, com apoio logístico disfarçado por organizações não governamentais.
A presença de comunidades árabes na região facilitou a infiltração de elementos radicais, replicando o fenômeno observado na tríplice fronteira Brasil-Paraguai-Argentina. Segundo fontes de inteligência, há conexões relevantes com o Hezbollah, articuladas por meio de redes ideológicas e criminosas.
Com a declaração de Emergência Nacional, os EUA reposicionaram a América do Sul como fronteira crítica da segurança hemisférica. A força-tarefa militar no Caribe representa mais que contenção: é um sinal de dissuasão.
A doutrina de intervenção extraterritorial americana evoluiu desde Clinton, com foco ambiental, passando por Bush e Obama, com ênfase no combate ao terrorismo. Sob Trump, ganhou caráter dissuasório, com foco na contenção de ameaças transnacionais como o narcoterrorismo e o extremismo ideológico.
A presença simultânea de atores como Irã, Hamas, Al Qaeda e Hezbollah no Oriente Médio e na América do Sul justificou a abertura de uma nova frente estratégica por parte dos EUA.
A concessão do Prêmio Nobel da Paz à opositora venezuelana Maria Corina Machado representou um golpe simbólico e estratégico contra regimes autoritários na região.
Esses governos, fragilizados e sem legitimidade popular, sustentam-se por meio de repressão institucional e tutela judicial. Contam com apoio limitado de governos europeus alinhados ao globalismo e com vínculos com o chamado "Eixo do Mal". Estão, portanto, cada vez mais isolados.
China e Rússia, percebendo o desgaste desses regimes, reduziram seu envolvimento militar, mantendo apenas relações comerciais. Putin e Trump, embora em disputa geopolítica, compartilham oposição ao globalismo progressista e seus instrumentos de influência.
A China, por sua vez, prioriza o comércio e utiliza o discurso ideológico como ferramenta de atração, sem incentivar revoluções, mas buscando vantagens econômicas.
A doutrina de Trump mostrou-se eficaz ao redefinir áreas de influência e rotas comerciais, levando a China a recuar no apoio militar a aliados problemáticos na América do Sul.
Essa mudança estratégica passou despercebida por analistas brasileiros, que não conseguem antecipar os efeitos de médio e longo prazo das decisões norte-americanas.
No Brasil, a adesão ao conceito de "Sul Global" e à defesa seletiva da democracia tem favorecido a infiltração ideológica em instituições como o Judiciário e as Forças Armadas. Há relatos de afastamento de tradições ocidentais e aproximação com doutrinas marxistas, gerando confusão entre interesse público e ativismo político.
A estrutura judicial, segundo observadores, atua como instrumento de blindagem institucional, dificultando o controle democrático e perseguindo opositores.
O Brasil, nesse contexto, não é apenas um país em crise — é um território em disputa, com sua soberania comprometida por interesses ideológicos e redes ilícitas.
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| "Socialismo do Século XXI" - AFPP-IA |
Países como Bolívia, Peru, Guiana, Panamá e Equador demonstram sinais de rejeição ao modelo socialista, buscando estabilidade institucional. A terceirização da segurança aeroportuária para empresas alinhadas a programas internacionais de combate às drogas é um exemplo dessa tendência.
A superação da crise regional exige o desmonte de estruturas como o Foro de São Paulo e o Grupo de Puebla, para que a emergência norte-americana seja encerrada e a estabilidade geopolítica restaurada.
A América do Sul tornou-se laboratório de modelos autoritários e campo de disputa geopolítica. A crise no Essequibo, o colapso econômico e o isolamento internacional indicam um desfecho inevitável.
A ruptura virá — por ação interna ou externa. No Brasil, já se observa o abandono de antigos aliados do sistema. Quando ocorrer, não haverá refúgio para os responsáveis pela degradação institucional.
O novo modelo geoestratégico norte-americano é claro: Si vis pacem, para bellum.



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