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sexta-feira, 30 de maio de 2025

EDUARDO BOLSONARO ESTÁ CORRETO - E O REGIME ESTÁ EM CRISE


Eduardo Bolsonaro cumpre a missão de denunciar a ditadura instalada no Brasil


Pinheiro Pedro com Eduardo Bolsonaro - foto RB




Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro



Ruptura Institucional à vista?


Acredito piamente que estamos próximos de uma ruptura institucional


Essa é uma visão alarmante, mas compreensível diante do cenário  disfuncional hoje sofrido no Brasil. O governo do País é uma nave sem rumo, mal comandada, fazendo água no porão e lotada de ratos transitando no convés e no tombadilho.

 

A percepção de uma ruptura institucional reflete a gravidade da crise de confiança popular  nas instituições brasileiras.  


Não se trata de crise ocasional. A desconfiança tornou-se sistêmica. 


Os poderes da República perderam credibilidade em larga escala.  Arreganhos e rosnados proferidos, por sua vez, em eventos com baba-ovos ou sessões litúrgicas, beiram uma comédia de Moliere... divulgada por uma imprensa falida e desacreditada. Esses fatos tornam a afirmação de poder ainda mais trágica e ridícula. 


O equilíbrio entre os poderes já ruiu, e  a estabilidade democrática está em risco.  Não há caminhos viáveis para reverter a situação com remendos intestinos. A confiança nas instituições já foi excretada nesse processo.


Nenhum regime político impopular, disfuncional e corrupto, sobrevive pendurado numa corte judicial igualmente impopular, tolerada por um parlamento acovardado. 


A história mundial ensina que forças de segurança e unidades militares sem credibilidade, não resistem à primeira onda de protestos populares. 


Aliás, nesse ponto, a "contabilidade" dos idiotas, em relação às mobilizações de rua e fluxos nas redes sociais, busca dissimular o evidente descontentamento popular com o regime e a resiliente popularidade dos opositores à balbúrdia, reflexo da má qualidade dos quadros que ainda chafurdam no lamaçal fétido da moribunda "Nova República".


Portanto, se essa ruptura for percebida como real, as consequências serão profundas: da governabilidade à erosão da credibilidade internacional do Brasil. Além disso, a polarização política pode se intensificar, dificultando ainda mais o diálogo interno  e a busca por soluções.


O  Brasil já atingiu a percepção generalizada de deterioração do tecido institucional pela corrupção e disfuncionalidade. 


Leis são implementadas "quando e onde interessam". O grau de impunidade se equipara ao desprezo com que cidadãos comuns são tratados nos balcões da burocracia. A impopularidade das instituições é notória e  acelera o processo de desobediência civil - ativa e passiva. A questão, portanto, não é se, mas como e quando a insatisfação se traduzirá em mudanças concretas e disruptivas. 


Um primeiro "ensaio" disruptivo foi a revolta generalizada, ocorrida em 2013. As manifestações tiveram  repercussão internacional, unindo-se a outras mundo afora, contra o domínio globalista e ditaduras esquerdistas.


As manifestações de 2013 no Brasil, começaram com demandas específicas, como a redução das tarifas de transporte público. Mas rapidamente se expandiram para incluir uma ampla gama de insatisfações sociais e políticas, que resultaram numa inédita caça aos corruptos, um impeachment presidencial e realização de reformas que há muito dormiam nos escaninhos do Parlamento. 


O Brasil integrou uma onda global de protestos, fortemente articulados pelas vias digitais - livres da censura oficial e da barragem da imprensa subalterna. 


"Primaveras" similares ocorreram no Oriente Médio, Ucrania, Hungria e no Norte da África. Esses movimentos refletiram um descontentamento com sistemas percebidos como opressivos ou desconectados das necessidades populares. O grande foco foi o até então dissimulado movimento "Globalista". 


O globalismo progressista, camuflado de ação por "uma nova ordem mundial", revelou toda a sua periculosidade. O globalismo não resistiu à liberdade de expressão promovida pelas redes sociais - por isso tratou de orientar seus "players" remanescentes a sequestrarem  o tabuleiro da democracia - para de  qualquer forma neutralizá-la. 


Pandemias caíram "sob medida", para serenar ânimos e revoltas com os regimes submetidos ao sistema globalista. A desconstrução engendrada na soberania popular, a judicialização da política e a censura sistemática às expressões nas redes sociais, conferiram uma ilusão de ter a "onda conservadora" se reduzido a um momento passageiro de expressão coletiva. 


Porém, a história nos mostra que movimentos sociais tendem a ganhar força com refluxos, crises e rupturas... não se dissipam por censura midiática ou magia togada. Portanto, todos os pontos do novelo estão inevitavelmente conectados. 

  

A propósito, o envolvimento militar em questões políticas, também não se dissipa com bravatas de comandantes sem prestígio ou diatribes proselitistas. Esse componente sempre é profundamente controverso, tanto no plano doméstico quanto internacional.  


Na história brasileira, latino-americana, europeia, africana e asiática...  o fator militar sempre foi um componente transformador. Assim, "clamar por unidade"... só revela haver, de fato, desprestígio e desunião na tropa.  


Toda ação política tem por horizonte a violência. Essa definição é que explica a necessidade da própria política estruturar fórmulas, sistemas e procedimentos que  evitem as crises atingirem esse horizonte. 


A submissão injusta representa degradação da honra, gera instabilidade quando a confiança na estrutura de comando é abalada. Essas implicações profundas afetam a estrutura militar e a forma como a instituição se apercebe perante a Nação.  A força apequenada passa a ser desprezada pela sociedade. 


Há pouco tempo atrás, compartilhei um artigo onde abordei, de forma sistemática, a crise de credibilidade da gandola e da toga. A perda de confiança nessas instituições pode impactar a legitimidade e a moral, tanto internamente quanto na percepção pública. Pode ampliar o  risco de desconexão entre a população civil, poderes constituídos e as Forças Armadas.*


O fator Eduardo Bolsonaro


Todo esse quadro é relevante para entrarmos na questão gravíssima, com grande impacto diplomático, da decisão estratégica do Deputado Eduardo Bolsonaro se licenciar do cargo e permanecer nos EUA.


A decisão de Eduardo Bolsonaro está profundamente conectada ao contexto de crise institucional e desconfiança geral nas instituições brasileiras. 


Eduardo Bolsonaro justificou sua saída como forma de buscar "justas punições" contra figuras do Judiciário, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, e de lutar pela anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023.


Ele fez a escolha certa. Estamos, no Brasil, lidando com instituições tomadas por um comportamento psicopata. 


O ato desesperado de banalizar o controle concentrado de constitucionalidade, infringir a Constituição e a lei, no varejo e no atacado, para gerar foro específico contra "inimigos da democracia" - constitui fase histórica desesperada, característica da instituição  dos chamados "tribunais populares" - monstruosidades que testemunhamos entre nazistas e comunistas. 


A promoção em massa de atos de censura, banimento de redes sociais, apreeensão de bens, processos e prisões "kafquianos", determinados de formas inacreditáveis, ganham maior escala na medida em que  a opinião pública internacional toma consciência do desarranjo institucional em curso no regime brasileiro.  


Funcionamos conforme o que nos dita uma juristocracia engajada num regime em frangalhos. 


As instituições brasileiras há muito resvalaram nos tipos penais atentatórios aos Direitos Humanos e, também, nas condutas infracionais que justificam adoção de sanções financeiras e de restrição internacional, por restringirem a liberdade de expressão. 


Eduardo Bolsonado, com a escolha estratégica de agir "no exílio", busca um posicionamento de dissidência clássica. Sua atitude expõe o estado disfuncional do regime juristocrático brasileiro, servil ao globalismo e engajado com o chamado "eixo do mal" - formado por Irã, Venezuela, Nicarágua, e movimentos narcoterroristas como o Hamas, Farc, ELN e etc. 

 

O posicionamento de Eduardo Bolsonaro busca fortalecer a até aqui bem sucedida investida da direita brasileira no campo internacional, denunciando o regime esquerdista em frangalhos, que hoje sobrevive como um apêndice na toga de uma juristocracia desnorteada. Denuncia um conluio "salvacionista" que pulverizou a Constituição fazendo uso de uma "fragmentadora jurisprudencial", instalada na cúpula da instituição que deveria protegê-la: o Judiciário - um sistema em  frangalhos, que tutela um grupo de iludidos e não a Nação. 


A instabilidade política e a perda de credibilidade impactam negativamente a economia brasileira - é fato. Mas  forma clássica de combater regimes fraudulentos passa pela restrição dos investimentos estrangeiros e aumenta a percepção de risco do país.  


Aliás, é preciso reconhecer que, passados todos esses anos de governo Lulo-petista... nada, de fato, foi implementado para ampliar a capacidade econômica do Brasil. 


Pelo contrário, parte da nossa elite econômica parece estar satisfeita com as "mesadas" conferidas em políticas de crédito oportunistas e imediatistas. Isso é que deve ser combatido - não justa posição de Eduardo Bolsonaro no campo internacional.  


Um detalhe geoestratégico importante: a permanência do parlamentar no exterior,  criticando abertamente o sistema juristocrático, está estrategicamente alinhada  no combate dos governos conservadores contra o modelo fraudulento de soberania judicializada - travado nos Estados Unidos, na Argentina, em El Salvador, no Paraguai, na Alemanha, na Itália e, em breve, em Portugal, Espanha e França.  


Essa batalha é acompahada de perto por Russia, Japão e China - que nunca  nutriram qualquer simpatia à hipocrisia farsesca globalista. 


Eduardo Bolsonaro, não está sozinho. Cresce internacionalmente, protege-se das investidas autoritárias do sistema psicopata que o persegue, ganha respeito e credibilidade, para voltar ainda mais forte ao cenário político brasileiro -  o qual, repita-se, está muito próximo de sofrer uma ruptura, para o bem da democracia, da liberdade de expressão e do combate à corrupção e à violência.


Toda a crítica aberta ao atual sistema político e judiciário no Brasil é legítima. 


Mascarar a verdade em nome de um "nacionalismo" hipócrita - ainda mais provindo de uma esquerda que nunca tratou de defender os interesses do Brasil, só reforça a necessidade de provocar a mudança do quadro geopolítico em relação ao País. 


Em resumo, o contexto atual representa um momento crítico para o Brasil, com riscos significativos tanto no plano interno quanto no externo. 


A forma como o país lida com essa crise determinará seu papel no cenário global nas próximas décadas.





Nota:

PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro - "A Crise de Credibilidade nas Forças Armadas e no Judiciário" - in https://www.theeagleview.com.br/2024/12/a-crise-de-credibilidade-nas-forcas.html




Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista, consultor institucional e ambiental. Sócio fundador do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Diretor da Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental - AICA,  Integrou o Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, foi professor da Academia de Polícia Militar do Barro Branco e Consultor do UNICRI - Interregional Crime Research Institute, das Nações Unidas. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, do Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política da FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa. Integra o Centro de Estudos Estratégicos do think tank Instituto Iniciativa DEX.  É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.

3 comentários:

  1. Perfeito meu Ir., estamos em um Estado de Exceção, e isso já passou em muito dos limites.

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    1. Obrigado, Fernando. Não sei por que meu comentário saiu como anônimo; se for por norma sua tudo bem. Se não, pode publicar meu nome. Flavio Musa de Freitas Guimarães.

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  2. "A forma como o país lida com essa crise determinará seu papel no cenário global nas próximas décadas".
    Este Governo como um todo, comandado por um homem que fez, faz e fará tudo pelo poder, com esta corte judicial que lhe é cúmplice, tolerada por um parlamento acovardado, este governo não mudará uma vírgula do que vem fazendo.
    O mundo, e a mídia internacional sabem o que está acontecendo aqui; espero apenas soframos, como já vimos sofrendo, as consequências globais até que o PT seja varrido para o lixo da História.

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