Eduardo Bolsonaro cumpre a missão de denunciar a ditadura instalada no Brasil
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Pinheiro Pedro com Eduardo Bolsonaro - foto RB |
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
Ruptura Institucional à vista?
Acredito piamente que estamos próximos de uma ruptura institucional
Essa é uma visão alarmante, mas compreensível diante do cenário disfuncional hoje sofrido no Brasil. Uma nave sem rumo, mal comandada, fazendo água no porão e, portanto, lotada de ratos no convés e no tombadilho.
A percepção de uma ruptura institucional reflete a gravidade da crise de confiança popular nas instituições brasileiras. E não se trata de crise ocasional - a desconfiança tornou-se sistêmica. Os poderes da República perderam credibilidade em larga escala - e arreganhos e rosnados proferidos em eventos com baba-ovos ou sessões que beiram uma comédia de Moliere... divulgados por uma imprensa falida e desacreditada, tornam a afirmação de poder ainda mais trágica e ridícula.
Quando o equilíbrio entre os poderes já ruiu, e a estabilidade democrática é colocada em risco, não há caminhos viáveis para reverter a situação com remendos intestinos. A confiança nas instituições já foi excretada pelo processo.
De fato, nenhum regime político impopular, disfuncional e corrupto, sobrevive pendurado numa corte judicial igualmente impopular, tolerada por um parlamento acovardado. Ademais, a história mundial ensina que forças de segurança ou unidades militares, abobalhadas, não resistem à primeira onda de protestos populares.
Nesse ponto, a contabilidade dos idiotas, em relação às mobilizações de rua e nas redes sociais, tentando dissimular o fato notório do evidente descontentamento popular com o regime, só demonstra a má qualidade dos quadros que ainda chafurdam no lamaçal fétido da moribunda "Nova República".
Portanto, se essa ruptura for percebida como real, as consequências serão profundas: desde impactos na governabilidade até a erosão da credibilidade internacional do Brasil. Além disso, a polarização política pode se intensificar, dificultando ainda mais o diálogo e a busca por soluções.
O Brasil já atingiu a percepção generalizada de deterioração do tecido institucional pela corrupção e disfuncionalidade. Leis são implementadas "quando e onde interessam" - o grau de impunidade criminal só se equipara com o desprezo com que cidadãos comuns são tratados nos balcões da burocracia. A impopularidade das instituições, portanto, acelera esse processo. A questão, portanto, não é se, mas como e quando a insatisfação se traduzirá em mudanças concretas e disruptivas.
Um bom exemplo de "ensaio" disruptivo, foi a revolta generalizada, ocorrida em 2013. As manifestações tiveram repercussão internacional, unindo-se a outras mundo afora, contra o domínio globalista e ditaduras esquerdistas.
As manifestações de 2013 no Brasil, começaram com demandas específicas, como a redução das tarifas de transporte público. Mas rapidamente se expandiram para incluir uma ampla gama de insatisfações sociais e políticas, que resultaram numa inédita caça aos corruptos, um impeachment presidencial e realização de reformas que há muito dormiam nos escaninhos do Parlamento.
O Brasil integrou uma onda global de protestos, fortemente articulados pelas vias digitais - livres da censura oficial e da barragem da imprensa subalterna. "Primaveras" similares ocorreram no Oriente Médio, Ucrania, Hungria e no Norte da África. Esses movimentos refletiram um descontentamento com sistemas percebidos como opressivos ou desconectados das necessidades populares. O grande foco foi o até então dissimulado movimento "Globalista" - camuflado de ação por "uma nova ordem mundial", que revelou-se em toda a sua periculosidade. O globalismo, é notório, não resistiu à liberdade de expressão promovida pelas redes sociais - por isso trata de orientar seus peões a sogar agressivamente no tabuleiro da democracia - para de qualquer forma neutralizá-la.
A Pandemia de H1N1, seguida da Covid 19, porém, parece ter caído "sob medida" para serenar os ânimos e revoltas com os regimes submetidos ao sistema globalista. A desconstrução engendrada na soberania popular, a judicialização da política e a censura sistemática às expressões nas redes sociais, deram aos tolos globalistas, a ilusão dos movimentos terem sido apenas um momento passageiro de expressão coletiva.
No entanto, passageiro era o refluxo das pandemias. A história nos mostra que movimentos sociais tendem a ganhar força com as crises e rupturas... e não se dissipam por censura midiática comprada. Pelo contrário: todos os pontos do novelo estão inevitavelmente conectados.
A propósito, o envolvimento militar em questões políticas, também não se dissipa com discursos e bravatas de comandantes sem prestígio. Esse componente sempre é profundamente controverso, tanto no plano doméstico quanto internacional. No entanto, na história brasileira, latino-americana, europeia, africana e asiática... o fator militar sempre foi um componente transformador. Assim, clamar por unidade... só revela haver, de fato, desunião.
Aliás, é preciso repetir a lição histórica, que toda ação política tem por horizonte a violência. Essa definição explica a necessidade da política estruturar fórmulas, sistemas e procedimentos que evitem que conflitos atinjam esse horizonte.
A submissão notoriamente injusta, representa histórica degradação da honra, e gera instabilidade quando a confiança na estrutura de comando é abalada. Essas implicações profundas afetam a estrutura militar e a forma como a instituição se apercebe perante a Nação e passa a ser vista, e desprezada, pela sociedade em geral.
Há pouco tempo atrás, compartilhei um artigo onde abordei, de forma sistemática, essa crise de credibilidade da gandola e da toga. A perda de confiança nessas instituições pode impactar a legitimidade e a moral, tanto internamente quanto na percepção pública. Pode ampliar ainda mais o risco de desconexão entre a população civil, poderes constituídos e as Forças Armadas.*
O fator Eduardo Bolsonaro
Todo esse quadro é relevante para entrarmos na questão gravíssima, com grande impacto diplomático, da decisão estratégica do Deputado Eduardo Bolsonaro se licenciar do cargo e permanecer nos EUA.
A decisão de Eduardo Bolsonaro está profundamente conectada ao contexto de crise institucional e desconfiança geral, nas instituições brasileiras.
Eduardo Bolsonaro justificou sua saída como uma forma de buscar "justas punições" contra figuras do Judiciário, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, e de lutar pela anistia de envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023.
Ele fez a escolha certa. Estamos, no Brasil, lidando com instituições tomadas por um comportamento psicopata.
O ato desesperado de banalizar o controle concentrado de constitucionalidade, infringir no varejo e no atacado ordenamentos legais, para gerar foro específico contra "inimigos da democracia" - constituem atos típicos dos chamados "tribunais populares" nazistas e comunistas. A promoção em massa de atos de censura, banimento de redes sociais, apreeensão de bens e prisões "kafquianas", determinados em inquéritos inacreditáveis, ganham maior escala na medida em que a opinião pública internacional toma consciência do desarranjo institucional em curso no regime brasileiro. Funcionamos conforme o que nos dita uma juristocracia engajada a um regime em frangalhos. As instituições brasileiras resvalaram nos tipos penais atentatórios aos Direitos Humanos, aplicados pelo Tribunal Penal Internacional, e, também, nas infrações que justificam adoção de sanções financeiras e de restrição internacional, em vários países, por restringir a liberdade de expressão.
Eduardo Bolsonado, com essa escolha estratégica, busca um posicionamento de dissidência clássica. Sua atitude expõe o estado disfuncional do regime juristocrático brasileiro, servil ao globalismo e engajado com o chamado "eixo do mal" - formado por Irã, Venezuela, Nicarágua, e movimentos narcoterroristas como o Hamas, Farc e ELN colombianos e etc.
O posicionamento de Eduardo Bolsonaro busca fortalecer a até aqui bem sucedida investida da direita brasileira no campo internacional, denunciando o regime em frangalhos que hoje sobrevive como um apêndice na toga de uma juristocracia desnorteada, que pulverizou a Constituição pela fragmentadora jurisprudencial instalada na cúpula de uma instituição que deveria protegê-la - um sistema em frangalhos, que governa para um grupo de iludidos e não para a Nação.
A instabilidade política e a perda de credibilidade podem impactar negativamente sobre a economia brasileira - é fato. Mas forma clássica de combater regimes fraudulentos passa pela restrição dos investimentos estrangeiros e aumentando a percepção de risco do país. No entanto, é preciso reconhecer que, passados todos essess anos de governo Lulo-petista... nada, de fato, foi implementado para ampliar a capacidade econômica do Brasil. Pelo contrário, parte da nossa elite econômica parece estar satisfeita com as "mesadas" conferidas em políticas de crédito oportunistas e imediatistas. Isso, na verdade, deve ser combatido - de forma alguma servir para justificar um ataque à justa posição de Eduardo Bolsonaro no campo internacional.
Um detalhe geoestratégico importante: a movimentação irá agravar a crise de credibilidade das instituições brasileiras. Isso porque Eduardo não está só.
A permanência do parlamentar no exterior, criticando abertamente o sistema juristocrático, está estrategicamente alinhada no combate dos governos conservadores contra o modelo fraudulento de soberania judicializada - travado nos Estados Unidos, na Argentina, em El Salvador, no Paraguai, na Alemanha, na Itália e, em breve, em Portugal, Espanha e França. Essa batalha é acompahada de perto por Russia, Japão e China - que nunca nutriram qualquer simpatia à hipocrisia farsesca globalista.
Eduardo Bolsonaro, desta forma, cresce internacionalmente, protege-se das investidas autoritárias do sistema psicopata que o persegue aqui e, ganha respeito e credibilidade para voltar ainda mais forte ao cenário político brasileiro que - como já dito acima, está muito próximo de sofrer uma ruptura para o bem a democracia, da liberdade de expressão e do combate à corrupção e violência.
Afinal, toda a crítica aberta ao atual sistema político e judiciário no Brasil é legítima. Mascarar a verdade em nome de um "nacionalismo" hipócrita - ainda mais provindo de uma esquerda que nunca tratou de defender os interesses do Brasil, só reforça a necessidade de provocar a mudança do quadro geopolítico em relação ao País.
Em resumo, o contexto atual representa um momento crítico para o Brasil, com riscos significativos tanto no plano interno quanto no externo. A forma como o país lida com essa crise determinará seu papel no cenário global nas próximas décadas.
Nota:
PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro - "A Crise de Credibilidade nas Forças Armadas e no Judiciário" - in https://www.theeagleview.com.br/2024/12/a-crise-de-credibilidade-nas-forcas.html
Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista, consultor institucional e ambiental. Sócio fundador do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Diretor da Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental - AICA, Integrou o Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, foi professor da Academia de Polícia Militar do Barro Branco e Consultor do UNICRI - Interregional Crime Research Institute, das Nações Unidas. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, do Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política da FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa. Coordena o Centro de Estudos Estratégicos do think tank Instituto Iniciativa DEX. É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.
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