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sexta-feira, 20 de março de 2020

O PANELAÇO DAS CASSANDRAS

Rede Globo faz mal em usar seu poderio para destruir o moral da população - comenta  Fernando Pinheiro Pedro em vídeo e artigo


Panelaço em Brasília, contra Bolsonaro. Ação oportunista e midiática com único propósito de "causar" na mídia - em pleno período de combate ao Corona Vírus


Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro


“Na guerra, a verdade é a primeira vítima.” 
― Ésquilo


Nas crises mostra-se o líder. Também nas crises revelam-se os canalhas.

A pandemia global do Corona Vírus chegou ao Brasil e encontrou, aqui, um ambiente já bastante contaminado por um confronto institucional complexo, envolvendo sistemática oposição do establishment ao presidente Jair Bolsonaro. Esse confronto obnubilou inicialmente a figura do líder e, infelizmente, revelou uma conduta de imprensa canalha.

Tem método

O embate de forças, como se sabe, foi gerado na cultura do ódio recíproco formatado ainda durante as eleições presidenciais de 2018. E hoje advém do profundo incômodo que esse estamento de privilegiados sente,  com as reformas políticas e econômicas encetadas pelo novo mandatário -  um processo de saneamento das estruturas de gestão e moralização dos gastos públicos ainda não superado pelo conjunto de segmentos encastelados na elite burocrática, social, econômica e política do Estado brasileiro, e que ainda exercem forte controle sobre o conjunto da sociedade.

Portanto, não se enganem! Há um método nisso tudo.  

A profunda periculosidade da pandemia do Covid 19, surgiu para esse establishment como uma oportunidade, não como algo que merecesse atenção e demandasse medidas de pronto atendimento, socorro e solidariedade ao povo brasileiro.  Surgiu como uma oportunidade do seguimento de oposição desgastar o governo e ferir a imagem de credibilidade do presidente da república junto à população brasileira.  

Para alcançar esse mister o establishment utilizou sua mídia amestrada - pronta para distorcer fatos,  piorar o quadro real e questionar a efetividade das medidas adotadas pelo governo federal. 

Assim, pouco importa se houve um eventual erro ou hesitação inicial do Presidente da República em admitir a gravidade da pandemia, não interessa saber que isso não afetou o trabalho da excelente equipe ministerial sobre as ações de defesa civil e da saúde pública, imediatamente postas em campo; muito menos importou se a população entraria em pânico ou não com o questionamento da capacidade de condução do governo pelo chefe do executivo. O que importava à mídia militante era tentar destruir a imagem do presidente da república. 

O papel lamentável da Rede Globo

É nesse contexto que analisamos o papel lamentável protagonizado pela Rede Globo de Televisão, nesses vinte primeiros dias do mês de março, bombardeando a população com manchetes e lides de cunho alarmista, ao mesmo tempo que desfazia da figura do Presidente da República tecendo críticas sobre seu comportamento.

Adotando uma linha editorial que foge completamente do estilo elegante e discreto que fez escola no tele noticiário, a Globo construiu uma enorme pós-verdade ao criticar a confraternização do presidente com populares à frente do Palácio do Planalto - um erro lamentável do chefe do executivo, mas que não poderia ser usado pela mídia como mote para aventar um impeachment... insinuado de toda forma pela emissora nos dias que se seguiram - no que foi acompanhada pelos jornalões igualmente empenhados em hostilizar o governo.  

Até mesmo a forma como Bolsonaro manipulava a máscara protetora nas coletivas de imprensa foi usado para desmoralizar a condução do governo no combate á pandemia.  Enquanto isso, o festival de números sofria inversões impressionantes, a ponto do sistema de saúde deixar de informar o número de "suspeitos" de portar o vírus, tamanho o destaque dado a este número em desfavor dos dados concernentes aos efetivamente contaminados. 

Com esse comportamento de "cassandra", o respeitável órgão de imprensa brasileiro terminou prestando um desserviço á mobilização em prol da saúde pública no Brasil. 

A Globo chegou mesmo a protagonizar uma convocatória dissimulada para "panelaços" contra Bolsonaro, gastando precioso tempo na apresentação de vídeos com paisagens urbanas sonorizadas por barulho de panelas e ofensas ao presidente em clara tentativa de ampliar  o barulho para além da realidade do fato. Um verdadeiro "panelaço das cassandras", contestado por outro panelaço de apoio ao governo... sem que essa disputa de panelas propiciasse qualquer contribuição efetiva ao combate á pandemia. 

Outro destaque foram os acerbos ensaios de crítica pesada á conduta presidencial - sem se aperceberem (ou não), os críticos,  que na verdade estavam criando um clima de desconfiança em relação às medidas de saúde pública adotadas pelo governo e gerando pânico nos espectadores, prestando um verdadeiro desserviço á população brasileira. 

Por sua história e compromisso, a Globo é maior que a linha editorial por ela hoje adotada. Na verdade somamos àqueles que rogam para que essa postura passe... e ela fique - em nome da liberdade de imprensa. 

Sobre esse assunto, me pronunciei em curta entrevista no Canal Notícias Agrícolas - na verdade um excelente bate-papo com meu amigo e editor do Canal, João Batista Olivi, cujo vídeo pode ser acessado com um clique na figura abaixo. 

Olivi e Pinheiro Pedro mostram suas edições da "Arte da Guerra" de Sun Tzu


Há uma estratégia de guerra

Sun Tzu, o grande mestre estrategista, séculos antes de cristo, já atribuía ao fator moral a principal força de coesão em tempos de crise. Consta em sua obra "A Arte da Guerra", que o general Chang Yú, citando o Livro das Mutações,  informa que "feliz por superar as dificuldades, o povo esquece o perigo da morte", isso quando tratado com confiança, benevolência, justiça e correção. 

De fato, tempos difíceis somente são superados com sucesso se a resiliência for composta pelo moral. 

Na era das comunicações em que vivemos, onde dispositivos digitais comunicam-se  entre si desenhando para nós cenários que se modificam a cada toque nas telas, visores e teclados, a  correta informação torna-se o grande patrimônio moral do governante, e a confiança  do povo, o esteio da legitimidade do mandato popular. 

Essa relação de moral e confiança, no entanto, é assimétrica - ela não se expressa de forma uniforme e nem pode ser conquistada por decreto. Ela sofre influências de ordem ambiental, sujeita-se a interesses econômicos  flui com a dinâmica da política. Por isso mesmo, necessita compromisso incondicional com a verdade. 

Assim se constrói a liderança popular e assim se edifica também a credibilidade dos órgãos de imprensa - cuja razão de existência está fundada na comunicação. 

Posto isso, o que se viu no embate da imprensa amestrada com o presidente da república foi um assassinato deliberado da verdade e um fenômeno de desinformação que por muito pouco não gerou pânico na população. 

Só não foi pior, porque as autoridades médicas envolvidas no verdadeiro combate - o que realmente importa, contra o Corona Vírus, não se deixaram contaminar pelo festival de fake news e pós verdades gerado na batalha de mídia. 

Os grandes heróis dessa jornada foram o Ministro da Saúde Mandetta, o médico David Uip - coordenador do grupo de combate ao Corona Vírus no Estado de São Paulo, e as operosas equipes e secretários de Saúde dos estados federados e de algumas capitais. 

Os cães ladram...

Por sorte, há uma ação firme do governo federal, coordenada por uma equipe de ministros posta á salvo dos imbróglios da política e imunizados ás tramóias e maledicências divulgadas pela imprensa.  

Por sua vez, o Presidente se mantém coberto e abrigado da artilharia projetada sobre ele, pois o que a mídia mainstream julga ser uma fraqueza - sua assustadora sinceridade e seu jeito quase simplório de às vezes se comportar, na verdade transparece à população como firme esteio de credibilidade. 

Volto a repetir: não temos aqui nenhum Winston Churchill para enfrentar o inimigo visível do outro lado do Canal da Mancha, mas possuímos um Capitão  de modos simples, que entre erros e acertos sabe atribuir as tarefas certas às pessoas certas, que se destacam em meio à crise e mantém de pé a credibilidade do governo contra inimigos que não se mostram, seja um vírus, sejam as pontas podres do tentacular establishment tupiniquim. 

Foi assim com Moro no pacote anti-crime, com Guedes na reforma da previdência, com Tereza Cristina na guerra de commodities durante o conflito comercial entre EUA e China, com Tarcísio na conclusão das estradas federais e, agora, com Mandetta face ao combate ao Corona Vírus. 

Que Bolsonaro continue nesse ritmo, sempre se atendo à verdade. Que não se deixe levar pelos bajuladores (são muitos e muito próximos) ou ser traído pela vaidade. 

Quanto à mídia amestrada, seguirá neste movimento deletério,  seja aparelhando grandes mídias como a globo, seja poluindo o mundo das redes sociais. De fato, essa agressividade deverá se intensificar, manchando a história do jornalismo brasileiro em prol de um establishment igualmente abjeto, que de toda forma não logrará obter êxito. 

Ladrarão... enquanto a caravana passa. 




Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio do escritório Pinheiro Pedro Advogados.  Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa - API.  É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View". Foi integrante da equipe que elaborou o plano de transição da gestão ambiental para o governo Bolsonaro.





3 comentários:

  1. A postura da imprensa em geral e da Rede Globo, é resposta aos ataques que o presiddnte faz a esse veiculo, sem respeitar os profissionais. Se ele age com as armas que tem, o revide só poderia ser esse e não terá fim enquanto não houver respeito mútuo, lei da Ação e Reação.

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  2. Acho, realmente que a Globo ultrapassou os limites do ridículo com suas pândegas reportagens de revide. Mas são de revide porque o Sr.Jair também colabora bastante. O vexatório pronunciamento de ontem ultrapassou o limite do aceitável.

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