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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

PRESENÇA DAS FORÇAS ARMADAS INIBIU QUEIMADAS NA AMAZÔNIA, AFIRMA PINHEIRO PEDRO

Presença militar ostensiva tem capacidade de inibir ações ilícitas, por isso as autuações diminuíram no período de intervenção, afirma o advogado à Rádio Sputnik






24 de outubro de 2019   marcou o fim da vigência do decreto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para a Amazônia. 

O decreto vigorou nos meses de setembro e outubro, provocando uma redução significativa de autuações administrativas  ambientais na região.   Ao mesmo tempo, a Força Nacional de Segurança deverá permanecer na Amazônia por mais 180 dias, em apoio às atividades de proteção ás unidades de conservação e de fiscalização do ICMBio e IBAMA. O período de prorrogação teve início em 20 de outubro de 2019 e será concluído em 16 de abril de 2020. 

Para fazer uma avaliação sobre os resultados da atuação das Forças Armadas na prevenção às queimadas na região, a Rádio Sputnik ouviu o advogado e consultor ambiental Antonio Fernando Pinheiro Pedro. 

Sputnik é uma agência internacional de notícias lançada pelo governo russo, operada pela empresa estatal Rossiya Segodnya. Sputnik substituiu a agência de notícias RIA Novosti e a rádio Voz da Rússia.

Ouça a entrevista clicando na figura abaixo:     



Na avaliação de Pinheiro Pedro, o governo federal acordou para a questão. "A presença militar é ostensiva e tem capacidade de inibir ações ilícitas -  as autuações diminuíram porque os ilícitos reduziram no período de intervenção - a atividade foi positiva", afirmou o advogado.  

Segundo Pinheiro Pedro, "o desafio agora é permanecer com a atividade de vigilância e monitoramento".  O consultor destacou também a atividade da Polícia Federal, inclusive de investigação com resultado de prisão de vários  criminosos - alguns proprietários de várias madeireiras que atuavam clandestinamente em nome de laranjas. O tal "dia do fogo" ficou esclarecido e isso sinalizou positivamente para a imagem do país no exterior.

Outro aspecto importante, segundo Pinheiro Pedro, para afirmar a soberania na região e prevenir infrações  é a manutenção do programa de regularização fundiária na região - um trabalho que não deve ser interrompido, pois é uma questão-chave para se saber quem é responsável por cada metro quadrado da região."A Amazônia, desde o tratado de tordesilhas, é um vazio desprovido de regime de controle por razões históricas e econômicas - ademais, 75% da região é formada por terras públicas", informa o advogado.

A FNS, formada por policiais militares com experiência deverá permanecer ainda no local - e sua atuação será importante para a garantia da integridade das unidades de conservação, conclui Pinheiro Pedro, entrevistado pelo jornalista Arnaldo Risemberg. 


Link para a entrevista na rádio: 








Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio do escritório Pinheiro Pedro Advogados.  Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa - API.  É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View".











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