Humilhados e ofendidos, comandantes militares confundem subordinação com subserviência... e padecem da humilhação institucional
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Subordinação não é subserviência |
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
O governo Lula, cuja ilegitimidade se evidencia nas ruas, praças e em qualquer evento, sobrevive hoje pendurado num esforço persecutório de um Supremo Tribunal igualmente impopular.
Para que este frágilíssimo sistema se equilibre, é necessário que essas duas peças, investidas nos poderes da República, estimulem diariamente conflitos e polarizações. Com isso, mantém-se apoiadas num factóide denominado "combate à forças antidemocráticas", enquanto corroem, de fato, a democracia na República.
Dentre o rol de "inimigos" do regime dual da barbicha e da toga, destaca-se o fantasma do passado de força, iniciativa e determinação doutrinária das Forças Armadas - refletido no histórico de intervenções determinantes nas crises republicanas havidas no Brasil, desde o Século XIX - em especial o movimente de 1964 - que resultou no longo processo de compressão da Soberania Popular e transformações institucionais, cujos efeitos se projetam até hoje no comportamento dos atores políticos da Nação.
Um trauma psicológico
64 é o grande trauma psico-social da esquerda brasileira - um fato que gerou um bloqueio inconsciente que faz seus quadros involuírem intelectualmente, ignorarem a histórica impopularidade do regime de crises havido no início dos anos 1960, e ingressarem num processo de sublimação - que direciona o ônus da responsabilidade dos seus fracassos históricos, unicamente à ação militar dentro daquele episódio.
O mantra do "golpismo", por exemplo, é mecanismo neurolinguístico, preso num ciclo transacional vicioso e repetitivo, que conduz a esquerda nacional inevitavelmente a atribuir a terceiros, seus constantes e episódicos fracassos.
No momento em que revela-se todo um cipoal de gestões e ações mal explicadas, no bojo do processo de retomada do poder do dispositivo lulopetista, o recalque antimilitar ressurge como forma de sublimar o fracasso, expresso na impopularidade do regime.
Humilhação orwelliana
É nesse contexto que surge a sintomática determinação do governo Lula, buscando reduzir ainda mais o moral dos militares a serviço das Forças Armadas do Brasil.
Não bastasse, por obra de um comando fraco e doutrinariamente desmemoriado, servirem hoje de maçaneta para abrir porta para autoridades petistas em quartéis vazios e servir cachorro-quente para militantes contratados em evento oficial, os militares das Forças Armadas terão, agora, que pedir "desculpas à sociedade" e "extirpar alusão a 1964 de seus textos". É o que determina a resolução do CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS, datada de 2 de abril de 2024, dirigida ao Ministério da Defesa e ao Ministério da Segurança Pública.
O texto é digno de ser analisado por psicanalistas. No que interessa às Forças Armadas, a resolução reza o seguinte:
"Ao Ministério da Defesa:
Instituir ordem do dia no dia 01/04 de cada ano fazendo referência ao Golpe Civil Militar ocorrido em 1964, divulgando pedido de desculpas à sociedade brasileira, em especial às vítimas de tortura e de perseguição assim como aos familiares de pessoas mortas e desaparecidas;
Determinar a proibição de qualquer ato de comemoração do Golpe Civil-Militar por qualquer membro das forças armadas;
Incluir a participação de pesquisadores das áreas de justiça de transição na elaboração do currículo das academias militares e policiais, bem como de suas obras e participação em aulas de formação, visando promover a democracia e os direitos humanos de forma eficaz e abrangente;
Retirar, em 30 dias, do sítio eletrônico do Departamento de Execução e Cultura do Exército, a Cartilha 4 – Datas Históricas representativas para o Exército brasileiro, que identifica o dia 31 de março, como alusivo a Revolução Democrática (1964);
Realizar uma Conferência Nacional de Defesa com o objetivo de acolher propostas da sociedade civil e da academia para garantir uma construção democrática e participativa da Política Nacional de Defesa."
Além de revelar um trauma nunca superado, o documento procura extirpar um fato histórico proibindo sua menção - tal qual faria o "Ministério da Verdade" do drama de George Orwell.
Para piorar, o documento exige das forças armadas subserviência à psicose esquerdista, abrindo as portas de seu mecanismo doutrinário à sanha psicopata lulopetista.
Fraqueza institucional
A ousadia documentada só é possível no contexto de fraqueza e confusão estratégica instalada hoje no comando militar e na liderança da Defesa do Governo Brasileiro.
As demais ações do governo Lula seguem no mesmo sentido.
O Ministério da Defesa foi uma das pastas mais afetadas pelos cortes realizados em 2024 pelo governo petista, para ajustar o Orçamento às regras do novo arcabouço fiscal.
Durante o ano, o órgão perdeu centenas de milhões de reais e foi "premiado" com o menor volume de recursos em uma década. Em verdade, está reduzido em 47% do que recebia há dez anos...
Essa restrição tem impactos significativos no cumprimento de contratos já em curso, incluindo aqueles com governos e empresas estrangeiras, relacionados aos projetos estratégicos da Defesa. Afeta também a manutenção e o custeio das diversas organizações militares em todo o território nacional.
Novos cortes no orçamento e até mesmo o congelamento do restante já estão sendo cogitados. Veremos nos próximos meses um bando de uniformizados subservientes de boné na mão, esmolando verba para combustível - cientes que a defesa da Nação ficou ao desamparo.
Conclusão
A humilhação pública determinada por "Resolução ", portanto, é parte de um contexto de desarme e degradação das forças militares. Nada menos se deve esperar de um governo inserido num sistema anti-semita, vinculado a ditaduras bolivarianas e com pretensões a formar sua própria guarda popular... contra o povo e seu exército.
E, que fique claro, isso só foi possível por termos, hoje, comandantes militares que confundiram (e parecem ainda deliberadamente confundir), subordinação com subserviência.
O contexto de crise institucional, por óbvio, faz com que a esquerda brasileira, mais uma vez, "dobre a aposta" em direção ao inevitável desastre.
Triste ver o barco dos militares navegar em direção aos rochedos... ignorando o farol da história.
Como dizia Sêneca: "para uma nau sem rumo, todo vento é desfavorável"...
👍 Esta subserviência é corolário da traição à pátria.
ResponderExcluirAo alto comando das FFAA hoje não podemos nominar como oficiais militares: são esbirros a serviço de tiranetes.
Perfeita colocação. Me envergonho atualmente de ser de família de militares!
ExcluirA Esquerda psicopata, sempre se infiltrou nas FA. Na atualidade é mais uma repetição. Militares comprometidos com a desonram sempre existiram. Cabe a nós nos fortalecermos e mais uma vez eliminar essa nova metástase.
ExcluirPara quem, como eu, que conviveu com militares que demonstravam valores e honra, é difícil entender de que cepa foi formada a atual liderança das tropas. O texto sintetiza com felicidade ímpar ao expôr que hoje esses confundem subordinação com subserviência... É triste ver esse fim para as Forças Armadas.
ResponderExcluirInacreditável que, aos 72 anos de idade eu seja obrigada a ler "instruções " tão absurdas como as que li acima. Realmente chegamos, ou melhor, passamos do ponto onde a salsicha corre e persegue o cachorro.
ResponderExcluirA extrema-esquerda capitaneada pelo PT sempre sofreu da "sindrome da ditadura". E durante os últimos 45 anos, em que o conservadorismo e a direita foram sufocados pelo pensamento hegemônico de esquerda, fez o diabo para contaminar toda a sociedade com essa síndrome. Distorceu fatos, propagou mentiras, tentou apagar a verdade e reescrever a História segundo a cartilha stalinista. A moral das FFAA e a sua lealdade à Pátria infelizmente está posta em questão e agora, pelos dois lados do espectro político. À direita cresce a desconfiança e a descrença na institucionalidade da classe militar. À esquerda toda sorte de provocações, humilhações e medidas políticas para reduzir o papel institucional das forças militares, até mudando o art 142 da Constituição, se for preciso. Querem a crise política permanente e argumentam, junto com um STF aparelhado e desacreditado, que são os únicos defensores de uma democracia que precisa ser permanentemente tutelada. E assim, logo estaremos diante de uma nova Questão Militar como aquela do início da República. Mas, para essa gente e seus lacaios, não importa a realidade. Esse é um fato que também não aconteceu, assim como querem apagar o Movimento de 1964. Uma atitude digna de membros do IHR, os negacionistas do Holocausto
ResponderExcluirPerfeito! É exatamente isso mesmo! Concordo plenamente!
ExcluirExcelente artigo, com uma análise perfeita do quadro de desmonte institucional e de vingança como política de Estado que o PT/STF implantou no país.
ResponderExcluirUma vergonha sem precedentes as nossas FFAA.
ResponderExcluirO Alto Comando do Exército é das demais forças Tem que REAGIR! Pois se não o fizerem estarão cometendo crime de alta traição à PÁTRIA
ResponderExcluirÉ inacreditável e vergonhoso o ponto de subserviência que chegaram esses comandantes militares.
ResponderExcluirNão sei como ainda tem coragem de encarar a Tropa e tentar justificar essa covardia com a Pátria. Desprezaram todos os ensinamentas ministrados nas Academias Militares.
Gadelha.
O erro vem de longa data. Os dizeres escritos na principal fachada da AMAN (cadetes ides comandar, aprendei a obedecer) é uma excrescência.
ExcluirObedecer se aprende em casa, se necessário com o cinto do pai ou o chinelo da mãe. Ali deveriam ensinar a COMANDAR.
Quem em sã consciência e conhecendo o passado das nossas forças armadas, por terra, ar e mar, iria imaginar tanta covardia, com excessão da nossa marinha, perante ordens de elementos sem nenhum escrúpulos e comprovadamente ligados a atos que envergonham até aqueles que perderam sua dignidade.
ResponderExcluirTristeza!
ResponderExcluirMeu email: palmeida1296@gmail.com
ResponderExcluirVergonha mundia
ResponderExcluirPara piorar Pai e filho dedo duro de patente alta, sendo chamados de vendedores ilegais de jóia. Lamentável.
ResponderExcluirEssa situação revela a falência do Estado brasileiro em tons de um verde mofado.
ResponderExcluirRevela também a subserviência da alta patente na missão de engraxar os sapatos do chefe.
Vergonhoso!
Tristeza! Desesperança! Vergonha! Fim!
ResponderExcluirSituação vergonhosa! FROUXAS ARMADAS! 🤮
ResponderExcluirBandos de cabras safados que só pensam em dinheiro
ResponderExcluirUma vergonha, deveriam se orgulhar de pertencer as FFAA mas são obedientes aos corruptos,sem Moral e descumpridores da Constituição,Autoridades sem o apoio da População não podem sair nas Ruas São esculachados kkkk
ResponderExcluirA nação aguarda o renascimento de nossas forças armadas, para colocar na cadeia os maiores criminosos do país, cujo prejuízo causado repecutirar por centenas de anos. São os recursos financeiros que se investidos repecutiria nas gerações futuras.
ResponderExcluirQuem poderá libertar a nossa pátria.?
Discordo das escritas falaciosas do jornalista. A história e não
Excluirestoria que ouvimos sempre culpando o
movimento de 1964 e sem citar que
João Goulart estava na China, um país de
"grande liberdade",
até hoje, não é
mesmo, com visitas do
"Libertador"Comunista Fidel Castro e medalhado pelo Janio Quadros, que
fez igual ao Cruel Ditador Alemão cujo nome não mencionarei aqui e ainda devem lembrar das guerrilhas do Araguaia, os movimentos guerrilheiros ao Sul de São Paulo, os assaltos a bancos e as tentativas contra quartéis e morte de sentinelas. O que fazer? Silenciar, deixar o Brasil a mercê de Julião,
líder rural que fugiu
para a Argélia. Vimos o
jornalista David Nasser endo agredido por trás em pleno Aeroporto Santos Dumont pelo democráta
ta Brizola, fugitivo com roupas femininas para o Uruguai..etc. etc. É a história de quem com apenas 14 anos de idade já lia Maquis e O CRUZEIRO...
É muito triste ver as FFAA sendo humilhada dessa maneira, graças aos seus respectivos Comandantes. Mas os fatos e a história estão ai para comprovar o que realmente aconteceu. A maioria que falam que foi um golpe em 1964 nem nascido eram e não leram a verdeira história. Esses atuais Comandantes das FFAA e os Generais Quatro Estrelas, vão passar para a história como traidores que entregaram a Pátria aos atuais Ditadores, Executivo e Judiciário, STF.
ResponderExcluirSeus filhos, netos e demais familiares serão conhecidos como parentes dos traidores que juram defender a Pátria com o sacrifício da própria vida e hoje defendem pelo dinheiro.
A história nos mostra que o "CHICOTE MUDA DE MÃO".
Que DEUS abençoe o Brasil e a população que acredita ainda em uma saída.
Me lembro quando um general chegava em uma unidade militar, para fazer visita. Era recebido com honras militares e entrava de peito erguido. Todos ficavam orgulhosos, por ver aquela autoridade adentrar ao Quartel. Sentiamos representados por aquele senhor, detentor de tanta responsabilidade sobre a Pátria. Ai de quem o desrespeitasse. Hoje em dia, as honras não podem deixar de ser prestadas, más o orgulho não se tem mais. Orgulhar-se de um inútil?
ResponderExcluirMuito lúcido e oportuno artigo sobre o momento caótico que passa o moral e a moral das Forças Armadas para o desespero do povo brasileiro. A Pátria está de luto!
ResponderExcluirAntônio Gramsci deixou um capítulo especial para as Forças Armadas, em sua Cartilha
ResponderExcluirO apartamento institucional não poupou a caserna.
Individualmente, a subserviência pode render muitos frutos: comandos, missões no exterior, cargos especiais e até indicação para ministro do Superior Tribunal Militar.
Nessa linde, ao longo dos anos, as cores das fardas da alta cúpula foram recebendo o acentuado tom de vermelho.
Assim, a correta interpretação da garantia dos poderes constitucionais do Art. 142 da Carta Magna vem sendo ignorada. É melhor fingir que o Poder Moderador abordado pelo constitucionalista Dr. Ives Gandra é fruto de sua insanidade.
Por fim, a condução de cidadãos a um campo de concentração, no evento do 8 de janeiro, foi a gota d'água.
A esperança é a de que haja um limite para as constantes humilhações por que passam as Forças Armadas, de forma que militares honrados assumam o comando da situação e extirpem o mal que está destruindo o Brasil.
1º-Não se entende o repentino silêncio sepulcral em que os comandantes militares se embrenharam.
ResponderExcluir2-Lado outro, vale destacar perguntando: por sue as insígnias do Exército, no uniforme de campanha, antes postadas nos colarinhos, hoje estão resumidas a uma pequenina tarja colocada no peito? Os veteranos não entendem.
No meu entendimento, o enfraquecimento das FFAA faz parte de um projeto ambicioso da Esquerda, tal qual, fez a Venezuela. Este posicionamento reflete o medo do único adversário que realmente pode reverter os projetos da implantação da proposta comunista e do Foro de São Paulo.
ResponderExcluirPerdeu Miné
ResponderExcluirPerdeu miné
ResponderExcluirRegime militar:
ResponderExcluir1) Implantou medidas socialistas que João Goulart refugou em adotar por temer o repúdio generalizado da classe média alarmada
2) Seus 5 presidentes-generais positivistas adotaram políticas havia muito sonhadas pelos comunistas
3) Subsidiaram - com DINHEIRO PÚBLICO - editoras comunistas, como a Civilização Brasileira, de Ênio Silveira
4) Transformaram terroristas em mártires, e mentirosos em felizardos cevados com indenizações indevidas
5) Explodiram o número de estatais legando-as, de bandeja, a comunistas e a fisiológicos insaciáveis
6) Esterelizaram a verdadeira direita e perseguiram conservadores ordeiros
7) Disseminaram o "método" Paulo Freire por meio do MOBRAL (podaram apenas a catequese comunista escancarada)
8) Agravaram e consolidaram a inflação herdada de Goulart com sandices como a "correção monetária"
9) Abriram TODAS as porteiras das universidades para a dominação acadêmica comunista (a tal "válvula da panela de pressão" defendida pelo general Golbery do Couto e Silva)
10) Por interesses eleitoreiros de sua base política da ARENA, bagunçaram para sempre as estruturas administrativas do futebol brasileiro, dando início à nossa lenta e irreversível decadência
Triste muito, muito triste, vê a nação brasileira na mãos desses encardidos.
ResponderExcluirEste é o resultado de um trabalho que começou em 1922 com a criação do hoje chamado Partido Comunista Brasileiro. Deste 1922 os comunistas tentam infiltrar-se nas Forças Armadas e o conseguiram. Todo trabalho continuado e perseverante dá frutos.
ResponderExcluirTexto realísta , uma perfeita análise da desconstrução que está submetido as FA do Brasil como fruto da ausência de liderança dos atuais comandantes, subserviente, sem brios, recolhidas nas
ResponderExcluirmasmorras de suas atitudes nos recentes episódios que se iniciam com ascencão de Lula e do PT ao poder, culminando com o triste episódio do 08 de janeiro m, quando assumiram o papel de guarda pretoriana, conduzindo o povo como gado para campos de “concentrações” e posteriormente chancelando os crimes e barbáries do STF, em marcha de celerados contra ordem legal, justiça o espírito das leis, as letras da constituição.
Pagam por seus abomináveis comportamentos, perderam o respeito do povo e da pátria, provam do próprio veneno.
Será necessário uma geração para que vergonha seja esquecida, porém nunca apagada, os livros a História contarão como foram esses dias de vergonha e desonra.