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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

A LUTA DE ISRAEL É DE TODO O OCIDENTE

Israel aplica a lição aprendida na 2a Guerra Mundial e na Guerra contra o Terror.


 Ofensiva em Gaza - Foto: Jack Guez/AFP



Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro



Não se faz omelete sem quebrar os ovos.  É  necessário aprender com o passado e ler o contexto presente para não mais ser surpreendido no futuro.


O quadro estratégico atual, ainda assim, nos prega peças. E é desolador observar governos ocidentais atolados no lamaçal globalista-progressista, tomados por uma síndrome "políticamente correta"... cuja imoralidade intrínseca só é superada pela hipocrisia crônica.


O ocidente, portanto, corre perigo. E nossos mais caros valores estão, hoje, guardados pela ação bíblica, implacável e decidida das forças israelenses contra o chamado "eixo do mal": o protonazismo xiita iraniano e seus dois braços armados terroristas : o Hamas e o Hezbolah.



O espelho da 2a. Guerra


8 de maio de 1945. O Dia da Vitória, iniciou o mais longo período de paz na história da Europa. Gerou a certeza moral de que o ódio, como política de Estado, deve ser combatido implacavelmente. 


Há outra certeza: o combate abrangerá sempre o sacrifício, não apenas do malefício mas, também, dos governados pela ideologia do mal, inocentes ou não. 


Hitler usou a população de Berlin como escudo humano, tal qual fizera Stalin em Stalingrado. O Japão também fez o mesmo. 


No entanto, os aliados não hesitaram em aniquilar o mal.  Há momentos na história, em que a hesitação pode custar muito caro a gerações inteiras, para além das vidas já perdidas.



A grande lição


Dos escombros do nazismo, em 1945, e da revelação dos crimes bárbaros do Stalinismo, em 1954, não restou mais espaço para a hipocrisia pacifista. Ficou claro, para todos os que usam a razão, que no combate à política do ódio, a omissão e a hipocrisia também destina seus praticantes aos lugares mais quentes do inferno. 


O estabelecimento da paz, escreveu o historiador britanico e líder conservador Michael Howard, "é uma tarefa que deve ser encarada novamente todos os dias de nossas vidas". "Nenhuma fórmula, nenhuma organização e nenhuma revolução polí­tica ou social podem libertar a humanidade desse dever inexorável". 1


O nazismo, o stalinismo, o maoísmo, o ódio tribalista africano e o radicalismo xiita e sunita muçulmanos, são indutores do genocídio e do terror como prática política; das execuções em massa e dos campos de concentração. São o mal, que  nos lembra o quanto a tarefa de combatê-lo permanece viva e essencial. 


James J. Sheehan, mestre de Stanford, leciona que a maioria das guerras termina quando um lado se rende ou concorda com um cessar-fogo. 


Foi o que aconteceu em 11 de novembro de 1918, quando os representantes do governo alemão concordaram com um armistí­cio e, sete meses depois, assinaram um tratado de paz. 


No entanto, "em 8 de maio de 1945, não havia estado alemão reconhecido por seus inimigos. Em três lugares diferentes, os comandantes das forças armadas alemãs se renderam incondicionalmente. A autoridade civil e a cidadania germânica haviam desaparecido. A Alemanha estava dividida entre os vitoriosos". 


"Embora os tratados de paz tenham sido assinados com os aliados da Alemanha em 1947, um tratado final que reconheceu a Alemanha como um estado totalmente soberano não ocorreu até 1991." 2


Da observação de Sheehan, extraímos que o mundo aprendeu dura lição: que para extirpar o mal, é necessário aniquilá-lo, ainda que isso implique em sacrifício para toda uma nação à ele submetida


A distinção entre Nação... e o mal que a acomete, a ponto de relativizar o conceito absoluto de soberania,  também foi outra dura lição - que inaugurou o novo conceito de guerra híbrida e assimétrica, que hoje afeta e adoece o processo de globalização sob o manto do globalismo progressista. 



A ação globalista


A globalização é conforma um processo em constante e secular progressão em nossa marcha civilizatória. Já o globalismo progressista configura uma vertente teratológica que contamina gravemente o processo. Um mal a ser extirpado em favor da própria cosmopolitização global, ocidental e asiática.11


O conflito do qual tratamos, aqui, se insere neste contexto, embora tenha raízes ancestrais. 


As ações produzidas no dominó da guerra fria e a nova configuração de intervenção nos conflitos assimétricos  dos últimos trinta anos, implicaram na relativização da soberania e no rescaldo segregado de vidas humanas, tais como praticados pelas vertentes radicais e seus instrumentos de mídia mainstream, manipulados pelos globalistas.


O objetivo aperfeiçoado no pós Guerra Fria, não é cooptar nações para um dos lados da cortina de ferro. O novo objetivo globalista    é, sobretudo, dissimular o ato agressor, removendo-o do cenário do conflito humanitário.  


Por óbvio, a verdade termina sufocada por uma avalanche de desinformação,  intolerância identitária e polarização. 


Se antes a polarização se circunscrevia a marxistas, em suas variadas vertentes, versus capitalistas, de forma bipolar,  agora a intolerância e a polarização são cultivadas por uma militância  mais diluída, porém igualmente estreita, sedimentada numa esquerda identitária, anticultural, iconoclasta e rancorosa, que se apropria de preocupações globais para nelas contaminar o debate com o veio da dissenção prograssista globalista.   O dissenso constrói  várias bolhas de ensimesmados,  impermeáveis à realidade dos fatos - segregando interesses humanitários e dissimulando as mais variadas agressões, em nome de interesses difusos e confusos - todos intrinsecamente conflituosos.


Essa camada plural de intolerantes, se presta hoje a dissimular agressões contra a economia da livre iniciativa e a liberdade de expressão. Trata também de segregar, nos conflitos humanitários,  quais seres humanos são merecedores do viés vitimista e quais devem ser ignorados - quando não demonizados.


O globalistas não resolvem conflitos, os criam. Por óbvio, vivem às custas disso.


Sem dúvida, a hipocrisia "progressista" é o apanágio que domina o proselitismo globalista.



Lição de êxodos e guerras


A segregação de interesses humanitários detém uma geopolítica bem característica. A primeira face dessa geopolítica é a amnésia.


Vamos, portanto, resgatar a história...


No "Setembro Negro", em 1970, a segregação humanitária por conveniências ocorreu quando o Rei Hussein da Jordânia expulsou milhões de Palestinos do País, por não ter mais como contornar o conflito e as ações de desestabilização  contra seu governo, provocados pela Fatah. 


O efeito geopolítico dessa atitude foi a "diáspora palestina" - que salvaguardou a soberania e a estabilidade política da Jordânia - mantida até hoje. O efeito humanitário foi o de ampliar acampamentos de refugiados na Cisjordânia, Gaza e sul do Líbano. 


Essa diáspora serviu, no entanto,  de pretexto para os militantes da Fatah e demais grupos radicais islâmico-palestinos gerarem uma sangrenta e devastadora  Guerra Civil no Líbano. 


De fato, os radicais muçulmanos, apoiados pela Síria e Irã,  destruíram o Líbano,  uma nação democrática e até então prevalentemente cristã, que generosamente havia acolhido os refugiados palestinos sob os auspícios de uma ONU já imersa na hipocrisia protoprogressista.


O que se seguiu desde então, reflete a impressionante relativização da soberania libanesa, governada por uma estrutura de Poder incapaz de controlar o próprio território


Outro exemplo da assimetria globalista-progressista, com efeitos humanitários, ocorreu quando a OTAN, sem declaração formal de guerra, invadiu o território servocroata, pacificando a Bósnia e Herzegovina - envolvidos numa guerra fraticida com viés etnico e religioso. 


O resultado foi a criminalização dos atos decididos pelos líderes sérvios - sem hesitação. 


Da mesma forma, após estimular conflitos e radicalizações entre sunitas e xiitas, construindo um estado xiita marionete num Iraque destruído pela guerra, após a queda do sanguinário Sadan Hussein, a chamada "esquerda globalista" ignorou o desastre do "Estado Islâmico" o quanto pôde, para articular uma derrubada de Hafez Assad, na Síria, intervindo na guerra civil sem ter qualquer visão nítida dos atores envolvidos.


O fato é que os globalistas europeus só conseguiram reduzir os danos quando corrigiram rumos sob o  firme e decisivo apoio russo, para destruir com eficácia o Estado Islâmico, ao custo de vidas no Iraque, Síria, Armênia e Curdistão.  


A burrice estratégica se deveu, sobretudo, à interferência "progressista" do governo democrata dos EUA, seguido pela  "nau dos insensatos" globalistas eurocêntricos - que literalmente desaprenderam o conceito de Guerra Contra o Terror, substituindo-o por uma nova "Síndrome de Chamberlaim". 4  


A coclusão não deixa margem de dúvidas para a forma implacável com que o fenômeno deve ser combatido, sem trincheira e sem quartel. 3


Da guerra contra o nazismo surgiram duas conclusões: 

1- a primeira, que a guerra deve ser evitada a todo custo; 

2- a segunda, que as democracias devem estar prontas para resistir à  agressão e eliminá-la implacavelmente. 


Não por outro motivo, a Europa Ocidental, com base na segunda lição, há tempos formou a Aliança Atlântica (OTAN).



Berlin, 1945 - A vitória dos aliados contra o ódio nazista se fez sobre os escombros da Alemanha


O inimigo está na retaguarda


Mas há dois componentes desagregadores:  


i. um que perdura desde a primeira guerra mundial... e permanece perturbando conceitos e definições na solução de conflitos - denominado Pacifismo Leninista e 


ii. outro, mais recente, conectado com o primeiro, que a partir da guerra fria gera impasses e hesitações, de forma a fazer políticas de ódio perdurarem:  a Síndrome de Chamberlain


Lenin, ao pregar o "pacifismo" na primeira guerra mundial, o fez por conta de uma aliança estratégica dos bolchevistas com o Império Alemão, interessado em por fim à frente russa - o que de fato veio a ocorrer com a tomada do poder pelos comunistas em 1917 (e a assinatura do Acordo de Brest-Litovsk). 


Assim, desde então, o uso do discurso pacifista pela esquerda mundial de forma alguma objetiva a paz mas, sim, algo relacionado à política de alianças com um lado do conflito, visando ganhar tempo ou consolidar algum ganho territorial.  


Já o comportamento "politicamente correto" da liderança ocidental é sintomático da Síndrome de Chamberlain - patologia política que remete ao hipócrita e pretensanente ingênuo comportamento (e por isso mesmo desastroso para a humanidade), protagonizado pelo primeiro ministro britânico Neville Chamberlain, que acreditou conter Hitler, Mussolini e, por tabela, Stalin, fazendo-os assinar um pedaço de papel em troca da covarde "cessão" do território tchecoslovaco aos nazistas - no Acordo de Munique, em 1938. 


A estultice  constituiu um ganho estratégico para os nazistas e os encorajou a provocar a II Guerra Mundial. 4


Essa mesma postura "ingênua" acomete o comportamento "pacifista" e tolerante do globalismo progressista à política de ódio praticada pelas organizações terroristas muçulmanas e estimuladas hoje pelo Estado Terrorista do Irã - como já o foi pelos Estados Loucos da Líbia, Iraque e Afeganistão. 


Líbia, Iraque e o Afeganistão do Talibã (na sua primeira versão, antes de 11 de Setembro), estimularam, treinaram e financiaram o terrorismo radical islâmico e as organizações terroristas de esquerda - da Fração do Exército Vermelho (Baader-Meinhof), à Al Qeda - responsável pelo atentado às Torres Gêmeas em NY.  


Agora, é o Irã que centraliza o apoio bélico às organizações terroristas, e o faz com o beneplácito geopolítico russo, turco, norte-coreano e chinês. 


No oriente e no ocidente, todas essas organizações interagem com o tráfico de drogas - da papoula oriental à coca latino-americana. O vínculo do Irã com o Foro de São Paulo e os narcoestados populistas da América Latina é evidente, e conta com a Síndrome de Charmberlain e o Pacifismo Leninista instalados no quadro de funcionários da ONU e disseminados na esquerda Norte Americana e Europeia. 


Nessa perspectiva histórica, percebemos o quanto Churchill, Roosevelt e De Gaulle fazem falta ao mundo de hoje - mundo esse lotado de "Chamberlains" titulados na cátedra das academias e "Lênins" extraídos de centros acadêmicos. Gente que pratica a hipocrisia sem corar, e faz do cinismo militância. 


Há pouco mais de dez anos, a Europa e o ocidente se encontram à mercê dos conflitos decorrentes da expansão do radicalismo muçulmano, que distribui refugiados por todos os países, sem que se perceba que o vírus do rancor contra o ocidente segue neles inoculado.  Com isso, as distorções se agravam nos regimes democráticos e tolerantes - a ponto de o esquerdismo "politicamente correto" reprimir a crítica aos radicais, acolhendo o rancor como forma de discurso prevalente,  somado ao discurso identitário. 


Há uma dose de disfunção cognitiva, que externa o comportamento psicopata, desprovido de empatia ou remorso, do globalista progressista. Basta recorrermos ao Manual do Guerrilheiro Urbano, escrito por Marighella - e modelo de ação para todos os grupos terroristas do mundo.  Veremos o quanto esta obra representa na formação de todos os grupos dedicados a fazer do ódio, política de Estado. 5


Chamberlain foi o grande precursor do "politicamente correto" - que se traduz pela tolerância infinita com todo tipo de psicopatia,  vitimização da transgressão e repressão aos que se postam contrários aos transgressores. O objetivo do "politicamente correto" é, justamente, não resolver o conflito e, sim, perenizá-lo - em respeito aos seus atores.


Ou seja, o inimigo se encontra também na retaguarda do ocidente, dissimulado nos meios políticos esquerdistas, difundindo um pacifismo hipócrita e posturas de "correção política" suicidas.



O componente nazista está no cerne do apoio iraniano ao ódio contra Israel e o ocidente



O Irã é a nova ameaça nazista


O terror é a melhor política iraniana, desde a ascensão de Khomeini. 

De fato, o Irã   exporta atentados terroristas há décadas. Sua "Guarda Republicana" nada tem a ver com as forças especiais organizadas nos moldes das forças militares tradicionais de outros países. Ela segue uma doutrina única, nazista e muçulmana. 6

É preciso resgatar a memória para compreender o contexto. 

O Irã sofreu fortíssima influência nazista antes, durante e após a segunda grande guerra (ainda que o Xá Reza Pahlavi  jurasse fidelidade aos aliados e ao ocidente). 7

Após a morte do seu mais importante líder militar, o General Zahedi, no início dos anos 60, o Xá buscou "desnazificar" a formação militar iraniana - algo interpretado pelos muçulmanos como um abandono da política antissemita e submissão aos Estados Unidos.  

Khomeini,  desde então, anotara esse detalhe - ciente do processo histórico de nazificação do oriente Muçulmano, nos anos 1930/1940, da antiga palestina - com Mohammed Amin al-Husseini, o Mufti de Jerusalém, à liderança iraniana - envolvendo operações secretas de Otto Skorzeny e seu destacamento SS das sombras. Portanto, ao criar sua guarda revolucionária, o Aiatolá a organizou nos moldes e com elementos extraídos da antiga Shahrbani - forças de segurança com formação similar às SS nazistas,  mobilizadas doutrinadas sob o comando do General Zahedi em 1935 - quando a Pérsia passou oficialmente a se denominar Irã, ou seja, em persa, "terra dos arianos". 


A Shahrbani formou o braço disciplinar interno do regime dos Aiatolás até 1991, quando foi transformada na Força Policial da República Islâmica do Irã - Naja, sob jurisdição da Guarda Revolucionária.


Esse passado nazista obscuro é muito pouco analisado internacionalmente, mas interessante se o relacionarmos com o atentado à AMIA - Associação Mutual Israelita Argentina, ocorrido em 1994 - com 85 mortos e centenas de feridos. A ação terrorista teve apoio iraniano sob as ordens de Qasem Soleimani, foi orientado pelo Hezbollah e articulado por neonazistas peronistas argentinos. 8


A ligação peronista-iraniana, chama a atenção para outro episódio obscuro: a ação, nos anos 1950 e 1960 de Otto Skorzeny, considerado durante a guerra como o homem mais perigoso da Europa e herói das SS - responsável pelo resgate de Mussolini nos Alpes, pelo sequestro do príncipe da Hungria, em Budapeste e pela infiltração de alemães sabotadores, de paraquedas, na retaguarda americana, fluentes em inglês e com uniforme ianque... na Contra-ofensiva das Ardenas, entre outros feitos. 

Skorzeny esteve curiosamente próximo de Perón e por um tempo bancou "guarda costas" informal de Evita. Como se sabe a tecnologia nuclear argentina - transferida aos iranianos, era de origem germânica, provinda dos nazistas.  Skorzeny, por sua vez, desde a guerra, mantinha estreita relação com os nazistas iranianos, liderados pelo General Fazlollah Zahedi. Foi com esse general que Skorzeny organizou a "Operação François",  em 1943. Skorzeny enviou o 502º SS Jäger Battalion para saltar de paraquedas no sul do Irã, visando cooptar os Qashqai - povo ariano, considerado a origem da raça, da região de Shiraz e Firuzabad, para operações de sabotagem às linhas de abastecimento aliadas de apoio à URSS. 9

Zahedi, após a guerra, foi ministro até 1955 e embaixador do Irã na ONU até sua morte, em 1963. Skorzeny, nesse período, formou uma ponte entre os iranianos e os peronistas - firmemente baseada no comércio de petróleo, relação esta que só foi revelada décadas mais tarde, por ocasião do atentado na AMIA. Ou melhor, jamais foram investigadas e quem tentou, como se viu, "faleceu".

Esse evento, na AMIA, foi o maior atentado terrorista efetuado contra judeus desde a segunda guerra mundial... até o infame ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, em Israel.

Por fim, o plano estratégico Iraniano... é ariano, visa resgatar a hegemonia persa tal qual preconizada milenarmente pela história e a hegemonia muçulmana, sob domínio persa, como pretendida por Khomeini. 

Hoje, o ocidente parece não se decidir a combater  o Hamas, e se encolhe frente ao Hezbolah, como hesitou, anteriormente, ante o Estado Islâmico e seus satélites africanos. A hesitação contra o Irã é a mesma praticada em relação a Hitler. 

A maior prova dessa contaminação é o tratado precário, inexecutável, de segurança nuclear, assinado com o Irã. Incrível ver governos "satélites" do eixo do mal, Brasil  e Tuquia, servirem de almafada diplomática para uma barbaridade anunciada.

É evidente que os iranianos farão a sua bomba atômica... e não hesitarão em usá-la contra Israel, se o ocidente der a janela de oportunidade que esperam obter com o tratado assinado com os EUA,  tal qual o Acordo de Munique de 1938.

Todos esses elementos integram a arma política que visa destruir a cultura pluralista e cosmopolita ocidental... e, o primeiro alvo e bastião do ocidente, é o Estado de Israel. 



Vídeo de Pinheiro Pedro, comentando o tema:



A ação é implacável


O vídeo acima, que produzi por ocasião do ataque covarde do Hamas, já previa o contexto de guerra israelense em duas frentes - contra o grupo Hamas ao Sul e o grupo Hezbolah ao norte - ambos armados e financiados pelo Irã.

Não há saída "diplomática" para essa questão. Não há campo para qualquer digressão proselitista. A solução única, aceitável, é a eliminação implacável dos quadros de liderança dos grupos terroristas. 

A resposta estratégica passa pela supressão de todos os elementos de ligação dos grupos com seus meios de suporte e logística, destruição das bases operacionais, reservas de abastecimento, paióis de munição, arsenais e dissuação de aglomerações de combatentes - desencorajando qualquer uso de escudos humanos para dissimular ou camuflar os alvos.

A implacabilidade é a resposta mais clara, decisiva e transparente contra as ações assimétricas e dissimulatórias da guerra de 4a geração (,4GW) na qual Israel se insere hoje.


O contexto israelense e a 4GW


Contra Israel, arma-se uma Guerra de Quarta Geração, uma ação infamante do Hamas e Hezbolah, sob patrocínio iraniano, seguida de ampla propaganda, divulgada pela esquerda "politicamente correta" e "identitária",  objetivando impedir a necessária e dura resposta de Israel. 

Façamos a pergunta: a  quem interessa não aplicar, contra a política de ódio,  a lição aprendida na Segunda Guerra Mundial e pós-Guerra Fria? 

Sacrifícios humanos ocorrerão, como ocorreram com alemães e japoneses na Grande Guerra, com vítimas e algozes do Estado Islâmico, Russos e Ucranianos e, agora,  com a população de Gaza e Sul do Líbano, que hoje, sofre por abrigar uma estrutura cancerígena, firmada numa política de ódio - que precisa ser eliminada pelas forças de Israel. 

O conflito híbrido, assimétrico, de "quarta geração", prevê o massacre e a perversidade e conta com o elemento  dissimulador da propaganda e a ação hipócrita e proselitista de aliados em todo o planeta. Não cabe tolerância com intolerantes dissimulados, absolutamente conscios de seu papel na busca de segregar o Estado de Israel e, com ele, a resistência ocidental ao avanço do ódio e do rancor religioso, ideológico e identitário. O objetivo estratégico dessa massa pluri-identitária é sufocar e destruir a democracia. 

O Brasil, hoje, é um laboratório desse experimento globalista-progressista. O cidadão brasileiro, hoje, suporta um governo antissemita, absolutamente empenhado nesse esforço  de ódio dissimulatório, alinhado com o chamado "eixo do mal" (formado pelo Irã, grupos terroristas, narcoestados e Coréia do Norte). O atual sistema brasileiro é suportado por um sistema de aparelhamento institucional que sufoca, gradativamente, toda e qualquer forma de  de manifestação política não alinhada com o intuito "recivilizatório" ditado por um autodenominado "regime não consensual", "desagradável", "salvacionista" ou "judicializado", que justifica suas ações arbitrárias pretextando combater um "estado de coisas inconstitucional".



Conflito de 4a Geração e os Narcoestados


É necessário compreender o contexto do que se denomina "conflito de quarta geração".

O termo  tem origem na doutrina militar israelense.

Em 1991, o professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, Martin van Creveld, publicou um livro intitulado “A transformação da guerra”. Essa obra consolidou a chamada teoria da "4GW", ou seja, "Guerra de Quarta Geração". 10

Para Van Creveld, a  guerra evoluiu de uma forma até Clausewitz e, após isso,  se tornou obsoleta a cada novo fluxo tecnológico e de interação disruptivos.

O advento do fundamentalismo radical islâmico, neste ciclo disruptivo, atraiu todo tipo de disfunções cognitivas e identitárias, incubadas no "beco sem saída" do progressismo globalista - dato que, somado aos interesses de expansão do tráfico de heroína e de armas, tornou o terrorismo  um "negócio transnacional" - uma ameaça real à paz e à segurança internacionais. 

A característica assimétrica  dessa multipolaridade é a razão da própria barbárie fundamentalista - um apanágio ideológico (visto como um sistema de representação social), hoje buscado pelo denominado "sul-global" pelo "Foro de São Paulo", com o narco-terrorismo da cocaína, nos continentes latino- americano e afro-ocidental.

Van Creveld previu que no futuro as bases militares seriam substituídas por esconderijos e depósitos, e o controle da população se efetuaria mediante uma mistura de propaganda e terror. Os principais sistemas de combate convencionais desapareceriam e as guerras  se converteriam em conflitos de baixa intensidade - chamados assimétricos.

Ele não errou de todo em sua previsão, pois a assimetria é característica dos conflitos que vivenciamos hoje. 

O terrorismo é um fenômeno criminológico e bélico, que marcha pari passu com o crime organizado, e que de há muito sentou raízes na política.

Assim, os narcoestados populistas, teocracias muçulmanas, grupos de guerrilha que dominam rotas do tráfico de drogas, de armas e de escravos - apresentam-se plenos de proselitismo socialista, sob o olhar complacente de aliados "politicamente corretos".

Não devemos, assim, hesitar em denunciar as chusmas de hipócritas alimentadas por um discurso de ataque sistemático a valores ocidentais,   como exemplos de articulação assimétrica, difusa, porém tóxicas lara o mundo ocidental e as democracias.


Basta aos  canalhas


"Minorias" são "conceitos circuntânciais" aplicados a "escudos humanos" para campanhas de desconstrução da ordem legal. 

Direitos humanos são adjetivos propositadamente diluídos para dissimular ações liberticidas, visando consolidar interesses facciosos.

O conflito assimétrico abriga variadas formas e instrumentos de constrição e coação, aplicados por organizações alinhadas ao eixo do mal, de diferentes matizes - da criminalidade comum à barbárie religiosa.

Essa teia de más intenções para com todos os valores morais conquistados pela civilização moderna, contam com o beneplávido hipócrita do progressismo globalista. Servem de ferramenta para o terrorismo, a barbárie, a covardia, a supressão da liberdade e a negação de humanidade.

O radicalismo islâmico é a ferramenta de hoje... Sabe-se lá o que virá amanhã.

No Brasil, em recente apresentação no Congresso Nacional, com a presença do ex Presidente Bolsonaro, o Embaixador de Israel apresentou cenas chocantes, obtidas com as apreensões de câmeras go-pró e celulares de terroristas do HAMAS, filmadas "com orgulho" pelos celerados. Dentre elas, uma criança sendo assada viva no forno, enquanto a mãe é estuprada barbaramente ao lado do corpo mutilado do marido. A cena - uma de várias outras atrozes, revela que será necessário repetir o choque das filmagens apresentadas no julgamento de Nuremberg, para que os canalhas não consigam sustentar a hipocrisia e o mundo volte a acordar do torpor hipócrita que hoje o envolve...

Israel é fruto da vitória ocidental contra o nazifascismo, pode e deve aplicar a mesma lição aprendida na Segunda Guerra Mundial: destruir e eliminar a política de ódio do Hamas e do Hezbolah. 

Devr ir além: proteger o ocidente do complô armado pelos globalistas.

Que isso sirva de modelo paracombatermos os que querem destruir a democracia, o cosmopolitismo e o pluralismo. 

Afinal, o grande direito humano em causa, é a liberdade! 




Notas: 

1 - HOWARD, Michael - "The Invention of Peace (and The  Reinvention of War)", Profile Books Ed, GB, 2001

2- SHEEHAN, James - "Lições Contraditórias da 2ª Guerra Mundial",  in "Mais Conhecer" - entrevista a Melissa Witte, 2020, in https://www.maisconhecer.com/humanidade/2276/Licoes-contraditarias-da-Segunda-Guerra-Mundial

3- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro - "Conflitos Assimétricos, Paramilitarismo, Interesses Difusos e Guerra  Híbrida de 4ª Geração", in Blog The Eagle View, in https://www.theeagleview.com.br/2015/09/paramilitarismo-direito-e-conflitos-de.html

4- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro - "A Nau dos Insensatos e a Síndrome de Chamberlain", in Blog The Eagle View, in https://www.theeagleview.com.br/2015/04/a-nau-dos-insensatos-e-sindrome-de.html

5- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro - "Estratégia da Baderna Segue o Manual de Marighella", in Blog The Eagle View, in https://www.theeagleview.com.br/2016/09/estrategia-da-baderna-segue-o-manual-de.html

6- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro - "Menos Um Terrorista, Mais Uma Guerra", in Blog The Eagle View, in https://www.theeagleview.com.br/2020/01/menos-um-terrorista-mais-uma-guerra.html

7- Os nazistas alemães apontavam os persas como os primeiros arianos. Por conta da raiz persa admitiam curdos, armenios e otomanos como irmãos de raça. Chegaram a formar uma tropa SS Muçulmana Croata, composta de Bósnios (de raiz otomana) e pretenderam organizar uma força pura de iranianos durante a guerra, embora o Irã estivesse formalmente alinhado com os ingleses. Hitler, por sua vez, manteve firme relação com líderes muçulmanos, como o grão-mufti de Jerusalém Amin Al-Husseini (Al Quds), e o Primeiro Ministro do Iraque Rashid Ali al-Gaylani. 

8- O procurador Alberto Nisman - judeu,  em 2006, acusou formalmente o governo do Irã de planejar o bombardeio e a milícia do Hezbollah de realizá-lo. Segundo a acusação, a Argentina teria sido alvo do Irã após Buenos Aires pretender suspender um contrato de transferência de tecnologia nuclear para Teerã. Alberto Nisman foi assassinado com um tiro na têmpora, de cima para baixo, sugerindo estar ajoelhado no momento do disparo - típica execução nazista, copiada à risca pelas forças terroristas muçulmanas. No entanto, o governo Kirchner classificou o fato como "suicídio". 

9 - PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro - "Menos Um Terrorista, Mais Uma Guerra", in Blog The Eagle View, in https://www.theeagleview.com.br/2020/01/menos-um-terrorista-mais-uma-guerra.html

10 - VAN CREVELD, Martin, "The Transformation of War", New York: The Free Press, 1991

11 - PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro, "Globalização e o Risco da Nova Ordem Mundial", in Blog "The Eagle View", in https://www.theeagleview.com.br/2019/09/globalizacao-e-o-risco-da-nova-ordem.html







Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Fundador do escritório Pinheiro Pedro Advogados, é CEO da AICA - Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental,  membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, membro do Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política da FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Coordenador do Centro de Estudos Estratégicos do Think Tank Iniciativa DEX e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa - API. É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.



10 comentários:

  1. O conhecimento é libertador, ah! Se todos os brasileiros tirassem a venda do desconhecimento.

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  2. Excelente texto e muito esclarecedor. Parabéns..

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  3. 👏👏👏👏👏👏👏

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  4. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

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  5. Texto profundamente esclarecedor que deveria tornar-se matéria de leitura obrigatória a todos os universitários de todas as áreas do conhecimento.

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  6. Excelente texto, pena que são poucos os que pensam e agem como o senhor..parabéns pela aula e esclarecimento professor!!!

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  7. Uma aula de história e sobre o bárbaro caminho que se apresenta para o mundo. E preciso que o mundo acorde. Que combata a política do ódio. Que proteja o ocidente do complô idealizado pelos globalistas. O Brasil precisa acordar também da marcha idealizada pela esquerda, que já domina as Instituições.

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  8. Parabens Antonio. Uma aula de historia e um alerta aos estercocefalos !

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