Assustados com a livre iniciativa produzindo bem estar na mobilidade urbana, fiscais da vida alheia insistem em tirar o sorriso do rosto dos usuários de bicicletas e patinetes por aplicativo...
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Burocracia não suporta observar a liberdade sem enquadrá-la de alguma forma nos limites da mediocridade... |
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
Os patinetes tomaram conta das ciclovias e se tornaram um modo democrático de deslocamento pela cidade.
Ganho para a acessibilidade
Ganho para a acessibilidade
A acessibilidade do patinete é maior que a da bicicleta, pois senhoras, engravatados, obesos e outras pessoas com dificuldade de uso das bikes, não encontram dificuldade em usar os patinetes.
Na verdade, desde criança, os patinetes fazem a alegria das pessoas, e sua facilidade de manejo sempre foi seguida da responsabilidade no uso. A mobilidade representada pelos patinetes faz toda a diferença nas ruas e parques das cidades desde o início do século XX, incluso os motorizados. Só não tinham expressão numérica por terem todo esse tempo sido tratados como um "brinquedo caro"...
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patinete nas Ruas de Nova York, em 1916 |
Democratização da mobilidade
Os veículos individuais, liberados por aplicativo, no entanto, tornaram realidade o sonho de uso de uma bicicleta e patinete por qualquer cidadão.
De fato, bicicletas e patinetes acionados por aplicativo promovem, hoje, grande mudança na estética de mobilidade urbana. O colorido dos patinetes elétricos e bicicletas formam já uma tendência de mobilidade livre e implementam grande capilaridade nos deslocamentos e integrações do transporte público.
O baixo custo do uso atrai o consumidor do serviço e, efetivamente tira o usuário do automóvel, contribuindo para a redução do tráfego nas vias carroçáveis, da poluição, e do stress sofrido nos pequenos e médios deslocamentos pela cidade.
Tutoria da mesmice e marxismo cultural
Porém, toda novidade atrai reatividade... e os tutores da mesmice não tardam a aparecer.
Por óbvio que aquela camada da sociedade, que não concebe alegria sem autorização burocrática, e enxerga perigo em qualquer coisa que fuja à mesmice, já está se articulando para acabar com a festa da mobilidade livre e a baixo custo.
Por óbvio que aquela camada da sociedade, que não concebe alegria sem autorização burocrática, e enxerga perigo em qualquer coisa que fuja à mesmice, já está se articulando para acabar com a festa da mobilidade livre e a baixo custo.
Jornalistas hipócritas, prefeitos idiotas, burocratas infelizes (pleonasmo) e esquerdopatas já iniciaram campanha para obrigar o cidadão comum a se vestir de "teletubie" ou usar armadura para andar de patinete. Querem condenar o usuário de patinete a disputar espaço com carros e motocicletas no meio da rua e, não tardará, em breve também exigirão licença para pedalar...
Trata-se de um paradoxo típico do marxismo cultural tupiniquim.
Sem qualquer perspectiva pública de conferir função social às ciclofaixas, gestões desmioladas, brasil afora, trataram de enfaixar cidades inteiras com ciclovias tão dispendiosas quanto vazias de conteúdo. Essas mesmas gestões ciclofaxistas, no mesmo período, nada fizeram para reduzir o preço das bicicletas - pelo contrário, o governo federal lulopetista sempre estimulou o consumo de veículos automotores, ampliando ilusoriamente o crédito para favorecer montadoras.
Sem qualquer perspectiva pública de conferir função social às ciclofaixas, gestões desmioladas, brasil afora, trataram de enfaixar cidades inteiras com ciclovias tão dispendiosas quanto vazias de conteúdo. Essas mesmas gestões ciclofaxistas, no mesmo período, nada fizeram para reduzir o preço das bicicletas - pelo contrário, o governo federal lulopetista sempre estimulou o consumo de veículos automotores, ampliando ilusoriamente o crédito para favorecer montadoras.
Passada a onda esquerdizadora nos municípios "enfaixados", foi o MERCADO - sempre ele, que tratou de conferir funcionalidade econômica à mobilidade urbana.
Bingo! Foi o "maldito capitalismo" que alavancou a livre iniciativa e a livre mobilidade, e o fez por meio da facilitação do acesso dos cidadãos a equipamentos de locomoção individual, locando-os por demanda.
Bingo! Foi o "maldito capitalismo" que alavancou a livre iniciativa e a livre mobilidade, e o fez por meio da facilitação do acesso dos cidadãos a equipamentos de locomoção individual, locando-os por demanda.
Não deu outra... Para os tutores da mesmice, a livre-locomoção passou, agora, a ser algo perigoso.
Atropelados pela livre iniciativa, os fiscais da vida alheia classificam o ir e vir dos usuários sobre patins como fator de risco urbano e ameaça aos pedestres.
Na verdade, o marxismo cultural não perdoa mobilidade - pois isso é sinônimo de liberdade por meio do consumo - um pecado capitalista imperdoável...
Cidadania sob risco
A cidadania, assim, corre de novo o risco de ser tolhida por normas imbecis, editadas pelos tutores da mesmice "sempre em nome da segurança" - afinal, como diz Esopo, "todo tirano busca um pretexto aparentemente justo, para exercer sua tirania"...
Atropelados pela livre iniciativa, os fiscais da vida alheia classificam o ir e vir dos usuários sobre patins como fator de risco urbano e ameaça aos pedestres.
Na verdade, o marxismo cultural não perdoa mobilidade - pois isso é sinônimo de liberdade por meio do consumo - um pecado capitalista imperdoável...
Cidadania sob risco
A cidadania, assim, corre de novo o risco de ser tolhida por normas imbecis, editadas pelos tutores da mesmice "sempre em nome da segurança" - afinal, como diz Esopo, "todo tirano busca um pretexto aparentemente justo, para exercer sua tirania"...
Claro, sempre haverá idiotas que abusarão do uso de patinetes e bicicletas, como já há os que abusam do uso de skates, patins, motocicletas, automóveis, caminhões... etc.
Nessa lógica, o marco legal ideal para os burocratas abusadores da caneta, será aquele que proibir as pessoas de saírem de casa... por conta dos outros idiotas que abusam nas vias de tráfego e logradouros públicos.
Não podendo inviabilizar o tráfego de pessoas, os fiscais da mobilidade alheia tratarão de inviabilizar o negócio da mobilidade urbana - e assim socializarão sua inconfessável infelicidade.
Solução ou interesse econômico?
Claro que há saída.
A solução racional para a administração das cidades está na responsabilização do usuário - perfeitamente identificado pelo aplicativo, e no estabelecimento de limites de velocidade para os meios de locomoção, de forma a permitir o seu uso - não inviabilizá-lo.
Porém, a solução não é o objetivo da ação dos tutores da mesmice. O que eles querem mesmo é inviabilizar a livre locomoção e o negócio da mobilidade urbana por aplicativos. Por isso mesmo, prefeituras afoitas tratam de baixar exigências absurdas, como o uso de equipamentos de segurança e proteção individual que seriam aplicáveis a profissionais, não a cidadãos que fazem da locomoção algo ocasional e que, portanto, não teriam razão para portar esses equipamentos.
Ou seja, o negócio dos fiscais da mesmice é inviabilizar o negócio que foge da mesmice...
Para quem foi de uma geração que cresceu usando patinete, patins, bicicleta e carrinho de rolimã - as preocupações de "otoridades" de plantão revelam apenas xororô de quem não teve infância...
Nessa lógica, o marco legal ideal para os burocratas abusadores da caneta, será aquele que proibir as pessoas de saírem de casa... por conta dos outros idiotas que abusam nas vias de tráfego e logradouros públicos.
Não podendo inviabilizar o tráfego de pessoas, os fiscais da mobilidade alheia tratarão de inviabilizar o negócio da mobilidade urbana - e assim socializarão sua inconfessável infelicidade.
Solução ou interesse econômico?
Claro que há saída.
A solução racional para a administração das cidades está na responsabilização do usuário - perfeitamente identificado pelo aplicativo, e no estabelecimento de limites de velocidade para os meios de locomoção, de forma a permitir o seu uso - não inviabilizá-lo.
Porém, a solução não é o objetivo da ação dos tutores da mesmice. O que eles querem mesmo é inviabilizar a livre locomoção e o negócio da mobilidade urbana por aplicativos. Por isso mesmo, prefeituras afoitas tratam de baixar exigências absurdas, como o uso de equipamentos de segurança e proteção individual que seriam aplicáveis a profissionais, não a cidadãos que fazem da locomoção algo ocasional e que, portanto, não teriam razão para portar esses equipamentos.
Ou seja, o negócio dos fiscais da mesmice é inviabilizar o negócio que foge da mesmice...
Para quem foi de uma geração que cresceu usando patinete, patins, bicicleta e carrinho de rolimã - as preocupações de "otoridades" de plantão revelam apenas xororô de quem não teve infância...
Assim, por óbvio que se a bobagem esquerdizóide prosperar, a alegria voltará a ser um monopólio da burocracia imbecil, em prejuízo da cidadania.
A burocratização, porém, não atenderá apenas à demanda dos infelizes por infernizar a vida alheia.
Atenderá, também, à lógica perversa do mercado de "equipamentos de segurança" - abastecendo a corrupção no monitoramento de trânsito e a arrogância dos fiscais de calçada e de ciclofaixas...
Atenderá, também, à lógica perversa do mercado de "equipamentos de segurança" - abastecendo a corrupção no monitoramento de trânsito e a arrogância dos fiscais de calçada e de ciclofaixas...
Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados, CEO da AICA - Inteligência Corporativa, Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e Vice-Presidente da API - Associação Paulista de Imprensa. É Editor- Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.
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