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sábado, 4 de agosto de 2018

SÓ TERMINA... QUANDO ACABA!

Jornalistas Globais encurralaram Bolsonaro e, no final, foram surpreendidos por ele.. e pela própria história





Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro


Há algo que a mídia amestrada do establishment parece não ter assimilado: em todo embate, seja no campo, seja na vida, o combate só termina quando acaba...

Empenhados em bater até o fim em Bolsonaro, na entrevista com o candidato no programa #GNEleicoes2018 ,  da Central das Eleições da Globo News, os jornalistas que formam o primeiro time da emissora não cuidaram de armar sua retaguarda. 

Resultado: o que ficará na mente dos telespectadores não será a fragilidade do candidato Bolsonaro nos assuntos técnicos que afetam, e muito, a vida nacional mas, sim, o profundo desconforto  dos perguntadores com a própria posição histórica da emissora em relação ao que ele, Bolsonaro, defende.

Bolsonaro é assumidamente pouco versado em economia. Os perguntadores, vendo a brecha, bombardearam o candidato com toda a arrogância  possível nesse quesito, pretendendo desmoralizá-lo. 

Com isso, porém, deixaram de perguntar sobre segurança, saúde, infraestrutura, combate à corrupção... na primeira parte do programa. Mais uma vez, perdia o eleitor, pouco versado em "economia" ... como Bolsonaro.

Na segunda parte, os jornalistas entraram na boca do leão, e viram seus conceitos politicamente corretos serem esmerilhados pelo rolo compressor de firmes conceitos,  alinhados com o senso comum do cidadão brasileiro, expostos por Jair Bolsonaro. 

Da crítica à ideologia de gênero, passando pela corrupção e pelo porte de arma - os jornalistas, por mais que tentassem, não conseguiam furar a muralha de convicções do candidato, que ganhou pontos junto ao seu próprio eleitorado e... aos pais e mães de família, tão apreensivos quanto ele, com a tibieza com que o stablishment trata dessas questões.

No fim, o golpe fatal. Bolsonaro confrontou a bancada da Globo, com o editorial do Jornal O Globo, de 1984, apoiando integralmente o Golpe Militar de 1964, inclusive vinculando a ação com a "defesa do Estado Democrático". A menção desmontava a postura da bancada, que relacionava as posições de Bolsonaro em favor do Regime Militar com uma "ditadura". 

Só Freud explica o vexame da Globo frente a Bolsonaro nesse momento. No fim, acusaram o golpe de terem apoiado o golpe. Ponto para o candidato.

Incorporando a entidade de Roberto Marinho pelo ponto no ouvido, quando já estava terminado o programa, com a câmara ainda aberta, Mírian Leitão consolidou o vexame da Globo perante "Bolsomito", transmitindo uma hesitante retratação em relação ao resgate histórico trazido pelo candidato. 

A mídia amestrada acusou o golpe - disso não há dúvida.







Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista   e  consultor  ambiental.  Sócio  diretor  do escritório Pinheiro Pedro Advogados.    Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional,  membro  do  Instituto  dos Advogados Brasileiros  –  IAB.  Vice-Presidente  da  Associação Paulista  de   Imprensa  -  API,  é  Editor - Chefe do Portal     Ambiente    Legal,    do    Mural    Eletrônico DAZIBAO e  responsável pelo blog The  Eagle  View.


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