Estamos ingressando numa guerrilha urbana?
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| Manifestante lança coquetel molotov contra a polícia em manisfestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. O pretexto? Qualquer um... |
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
Estou observando com cuidado a coreografia encenada por movimentos sociais, militantes, autoridades, mídias e partidos políticos, visando recriar um clima de desestabilização institucional no Brasil.
O caos, de fato, interessa a muita gente que não se interessa pelo Brasil.
O caos, de fato, interessa a muita gente que não se interessa pelo Brasil.
O mote inicial foi a destituição constitucional da Presidente Dilma Rousseff - apelidada de "golpe" pela esquerda engajada no governo petista.
Em seguida, os interesses focaram-se nas reivindicações salariais dos funcionários nos estados falidos (por conta do próprio desastre econômico populista), e concentraram-se na radicalização em torno das decisões condenatórias contra o ex-presidente Lula, acusado de corrupção em vários processos e praticamente obstruído em sua trajetória política. Logradouros públicos, repartições e palácios de justiça tornaram-se praças de guerra.
Em seguida, os interesses focaram-se nas reivindicações salariais dos funcionários nos estados falidos (por conta do próprio desastre econômico populista), e concentraram-se na radicalização em torno das decisões condenatórias contra o ex-presidente Lula, acusado de corrupção em vários processos e praticamente obstruído em sua trajetória política. Logradouros públicos, repartições e palácios de justiça tornaram-se praças de guerra.
Contudo, o problema não foi o impeachment de Dilma, os atrasos em folha ou a "perseguição judicial a Lula". O problema foi a perda de rumo da estratégia gramisciana de tomada hegemônica do poder, encetada pelos seguimentos ideologicamente orientados, encastelados nos aparelhos de estado na gestão petista, agora criminalizada.
A perda de rumo, ao que tudo indica, liberou facções esquerdistas mais radicais para a busca de um "plano b", de desestabilização e reação guerrilheira urbana - cujos resultados poderão ser funestos, não apenas para a própria esquerda brasileira, mas para o Estado de Direito Democrático.
É nesse foco que se espraiaram ocupações de instalações e destruição de laboratórios de empresas de celulose, ocorrem invasões, ocupações e depredações de estabelecimentos bancários, ministérios, jornais, universidades, etc... a pretexto de apoiar reivindicações naturebas, sexistas, estéticas, etc. No mesmo sentido se faz com enfrentamentos em favelas e episódios relacionados à manutenção da lei e da ordem, a pretexto de defender "direitos humanos"... como se alguns houvessem por ter mais direitos que outros...
É certo que para vários segmentos da esquerda, a última coisa que interessa é o Estado Democrático de Direito.
O Brasil não é foco de interesse e, sim, o Poder. Por isso, fazer uso da corrupção, incentivar a ação da criminalidade em todos os cantos do país e desarmar a população, constituem meios eficazes de provocar a desordem e destruir valores.
Vale tudo! De morte de marginal em tiroteio com a polícia, reforma da previdência, prisão de corrupto pela operação Lava-Jato, reforma do ensino, reivindicações de minorias, até mesmo projetos de lei - como o que visa estabelecer teto para a gastança com dinheiro público... Tudo é motivo para parar trânsito, quebrar vidraças, incendiar ônibus, invadir prédios públicos, decapitar preso de quadrilha rival, etc...
Parte da "obra" é assumida publicamente.
Em matéria intitulada “Barulhos fora de hora”, publicada há tempos na revista Istoé, líderes da CUT, MST e MTST anunciavam que a nova estratégia é “levar o caos às ruas”.
Alexandre Conceição, do MST, declarou à imprensa: “Os movimentos do campo iniciarão, a partir dos próximos dias ou das próximas horas, ocupações de terras, de latifúndios”.
Já Guilherme Boulos, chefe do MTST, adota o discurso negacionista: “Não reconhecemos no Senado a legitimidade para decidir os destinos do País. A resistência seguirá nas ruas”.
Por sua vez, na certeza das urnas abafarem de vez o blá blá blá inconformista, seguimentos infiltrados nos estamentos de Estado, altos funcionários e até membros do judiciário, prenunciam ações desestabilizadoras - da busca da manutenção de privilégios impagáveis pelo tesouro nacionalà "reabertura" de casos encerrados, visando desestabilizar a tranquilidade das instituições . Exemplo disso é a surrada rediscussão sobre a anistia recíproca e a investigação de "crimes" ocorridos na repressão... etc.
Não há, na verdade, "desordem". Há uma "ordem" que não convém ao Brasil...
Na verdade, a esquerda radicalizada segue uma doutrina.
É nesse foco que se espraiaram ocupações de instalações e destruição de laboratórios de empresas de celulose, ocorrem invasões, ocupações e depredações de estabelecimentos bancários, ministérios, jornais, universidades, etc... a pretexto de apoiar reivindicações naturebas, sexistas, estéticas, etc. No mesmo sentido se faz com enfrentamentos em favelas e episódios relacionados à manutenção da lei e da ordem, a pretexto de defender "direitos humanos"... como se alguns houvessem por ter mais direitos que outros...
É certo que para vários segmentos da esquerda, a última coisa que interessa é o Estado Democrático de Direito.
O Brasil não é foco de interesse e, sim, o Poder. Por isso, fazer uso da corrupção, incentivar a ação da criminalidade em todos os cantos do país e desarmar a população, constituem meios eficazes de provocar a desordem e destruir valores.
Vale tudo! De morte de marginal em tiroteio com a polícia, reforma da previdência, prisão de corrupto pela operação Lava-Jato, reforma do ensino, reivindicações de minorias, até mesmo projetos de lei - como o que visa estabelecer teto para a gastança com dinheiro público... Tudo é motivo para parar trânsito, quebrar vidraças, incendiar ônibus, invadir prédios públicos, decapitar preso de quadrilha rival, etc...
Parte da "obra" é assumida publicamente.
Em matéria intitulada “Barulhos fora de hora”, publicada há tempos na revista Istoé, líderes da CUT, MST e MTST anunciavam que a nova estratégia é “levar o caos às ruas”.
Alexandre Conceição, do MST, declarou à imprensa: “Os movimentos do campo iniciarão, a partir dos próximos dias ou das próximas horas, ocupações de terras, de latifúndios”.
Já Guilherme Boulos, chefe do MTST, adota o discurso negacionista: “Não reconhecemos no Senado a legitimidade para decidir os destinos do País. A resistência seguirá nas ruas”.
Por sua vez, na certeza das urnas abafarem de vez o blá blá blá inconformista, seguimentos infiltrados nos estamentos de Estado, altos funcionários e até membros do judiciário, prenunciam ações desestabilizadoras - da busca da manutenção de privilégios impagáveis pelo tesouro nacionalà "reabertura" de casos encerrados, visando desestabilizar a tranquilidade das instituições . Exemplo disso é a surrada rediscussão sobre a anistia recíproca e a investigação de "crimes" ocorridos na repressão... etc.
Não há, na verdade, "desordem". Há uma "ordem" que não convém ao Brasil...
Na verdade, a esquerda radicalizada segue uma doutrina.
Não há dúvida. O espírito invocado pelos esquerdistas empenhados na desestabilização, é o de Marighella.
Á luz da história, da geografia política e da estratégia, a baderna que já ocorre, e o que se prenuncia, nada tem de espontâneo, nada tem de caótico, nada tem de natural. É pura aplicação do surrado manual do guerrilheiro urbano daquele obscuro personagem da história do Brasil... e do mundo.
Estamos testemunhando os preparativos da guerrilha urbana? Vejamos:
Marighella, o homem e a obra
O "guerrilheiro urbano" Carlos Marighella foi morto em 4 de novembro de 1969, em uma emboscada preparada pela polícia de São Paulo na região dos Jardins.
Oficialmente houve troca de tiros. Porém, alguns biógrafos do terrorista afirmam que Marighella estava desarmado e foi executado.
Essa polêmica seria importante, não estivessem os personagens descontextualizados do estado de exceção. Para os padrões morais e ideológicos do morto, o detalhe não muda um destino por ele próprio traçado. Marighella mataria sem pestanejar, da mesma forma como foi morto...
Comunista empedernido e líder radical, Marighella enfrentou absolutamente todos os regimes políticos instalados no Brasil, do Estado Novo de Getúlio Vargas até a Ditadura Militar implantada após 1964, incluindo aí o governo do tolerante presidente deposto Jango Goulart.
Jogado à clandestinidade no regime militar, Marighella organizou, em 1967, a Ação Libertadora Nacional (ALN), nos moldes das frentes de enfrentamento urbano experienciadas então recentemente na Argélia, em Cuba e no Vietnan. Trazia na memória o padrão brasileiro de revolução urbana articulado pelo líder comunista Carlos Prestes - que pautou a intentona comunista, de 1935, seguindo o manual "Insurreição Armada", editado pelo Comintern - Comitê da Internacional Comunista, em 1928.
Marighella filiou-se ao Partido Comunista de Prestes após frustrado aquele golpe esquerdista.
Várias vezes preso, torturado pela polícia do Estado Novo de Vargas, pelos governos constitucionais de Dutra e Juscelino e pelo regime militar, foi após uma dessas prisões, que resolveu empreender a luta armada contra o regime, como meio de implementar um "governo popular" - termo usado pelos esquerdistas para qualificar ditaduras comunistas que então pululavam no terceiro mundo, sob as bençãos de soviéticos e chineses.
Intelectualmente preparado, Marighella percebeu que sua organização, e demais grupos e grupelhos instituídos para protagonizar a luta armada em favor da implantação do regime comunista no Brasil, necessitavam de método e treinamento - precisavam de um manual.
Mao Zedong, Vo Giap e Che Guevara prepararam manuais de guerrilha e guerra popular, voltados à "organização das massas", ao "foquismo", à autonomia territorial e organização rural. Marighella percebeu que deveria desenvolver um para orientar o guerrilheiro urbano - um agente com perfil implacável, desprovido de territorialidade e voltado para ações pontuais, diversificadas e dinâmicas, capacitado para roubar (expropriar), enganar (confundir), executar (assassinar), sequestrar (extorquir) e causar o terror.
Assim, editou, em 1969 o "Manual do Guerrilheiro Urbano" - um "best seller" para todos os grupos terroristas urbanos do ocidente e oriente - e fonte de estudos para as organizações policiais que os combatem.
Marighella não inovou qualquer tática ou atividade organizacional. Ele compilou e esquematizou, em linguagem simplista (antiamericana - típica do proselitismo esquerdista dos anos da guerra fria), os requisitos, objetivos, funcionalidades e formas de ações a serem utilizados por organizações terroristas visando esgarçar o tecido social e desestruturar a autoridade do Estado nas cidades.
Marighella morreu, mas seu "Manual" não caiu em desuso. Pelo contrário, continua sendo seguido à risca pelos chamados "movimentos sociais", grupos de "guerrilha urbana", "forças revolucionárias", organizações terroristas e grupelhos paramilitares satélites de partidos comunistas e fascistas em todo o mundo.
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| Militantes em ação - menção ao ao mestre da guerrilha urbana não é gratuito... |
O "Manual do Guerrilheiro Urbano" e suas circunstâncias
O manual está envolto de uma aura ideológica obsoleta. Seu conteúdo, contudo, se presta a todo tipo de "adaptação".
Seguido à risca, o manual costuma produzir "bons" resultados naqueles países degradados por uma elite ensimesmada, extorquidos por uma burocracia corrupta, tutelados por uma justiça pusilâmine e corroídos pela criminalidade, cujo povo recebe uma educação deficiente...
Esses elementos objetivos, de uma forma ou outra, ainda se encontram presentes no cenário brasileiro, conspurcado culturalmente por fascistas, petistas, racialistas, sexistas, corruptos, militantes, militontos, parasitas, black-blocs, mídias "ninjas" e blogs "sujos", políticos irresponsáveis, hipócritas politicamente corretos, autoridades mal intencionadas, massas de ignorantes, etc...
Nessas circunstâncias, o Manual do Guerrilheiro Urbano torna-se um produto perigoso em mãos erradas. No entanto, merece ser lido e estudado por qualquer brasileiro que atue no setor de inteligência e na resolução de conflitos sociais.
Analisado seu conteúdo face à realidade atual das coisas, a epifania que provoca chega a ser assustadora. A simples leitura desarmada do Manual, retira todas as máscaras e discursos hipócritas praticados no Brasil de hoje. Desnuda tudo o que hoje se pratica nos ditos movimentos sociais e militâncias partidárias esquerdistas, a título de "resistência democrática".
Convido assim os leitores a, primeiro, proceder leitura atenta dos trechos literais extraídos do referido "Manual" e, depois, enquadrar nos critérios, moldes e parâmetros apostos na cartilha de Marighella, o que hoje ouvimos nos discursos e observamos ocorrer nas ruas e bastidores de nossa política.
Alguns trechos reveladores do "Manual do Guerrilheiro Urbano"
Destaco a seguir, com breve introdução, trechos da "obra" de Carlos Marighella, lembrando que, para o autor, terrorismo é uma das atividades do "guerrilheiro urbano". O conteúdo é revelador.
Observem, é Marighella quem diz:
1- Um testemunho claro e indubitável, sem qualquer hipocrisia, das reais intenções dos militantes da luta armada, nos anos 60 e 70 no Brasil:
"No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação as verdadeiras intenções dos revolucionários.
A execução do espião da CIA Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que venho da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.
Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população."
2- Do que se ocupa o guerrilheiro urbano, sem qualquer disfarce:
"Antes de qualquer ação, o guerrilheiro urbano tem que pensar nos métodos e no pessoal disponível para realizar a ação. As operações e ações que demandam a preparação técnica do guerrilheiro urbano não podem ser executadas por alguém que carece de destrezas técnicas. Com estas precauções, os modelos de ação que o guerrilheiro urbano pode realizar são os seguintes:
a. assaltos
b. invasões
c. ocupações
d. emboscadas
e. táticas de rua
f. greves e interrupções de trabalho
g. deserções, desvios, tomas, expropriações de armas, munições e explosivos
h. libertação de prisioneiros
i. execuções
j. seqüestros
l. sabotagem
m. terrorismo
n. propaganda armadao. guerra de nervos"
3- A verdadeira natureza do denuncismo, da vitimização, da inversão dos fatos e da "guerra de nervos" praticada pelos "militantes da causa":
"A guerra de nervos ou guerra psicológica é uma técnica agressiva, baseada no direto ou indireto uso dos meios de comunicação de massas e notícias transmitidas oralmente com o propósito de desmoralizar o governo.
Na guerra psicológica, o governo esta sempre em desvantagem, porque impõe censura nas massas e termina numa posição defensiva por não deixar nada contrário infiltrar-se. Neste ponto desespera-se, envolve-se em grandes contradições e perda de prestígio, perde tempo e energias num cansado esforço ao controle, qual é sujeito a romper-se em qualquer momento.
O objeto da guerra de nervos é enganar, propagar mentiras entre as autoridades, na qual todos podem participar, assim criando um ar de nervosismo, descrédito, insegurança e preocupação por parte do governo.
Os melhores métodos usados pela guerrilha urbana na guerra de nervos são os
seguintes:
a. usando o telefone e o correio para anunciar falsas pistas à polícia e aogoverno, incluindo informação de bombas e qualquer outro ato de terrorismo em escritórios públicos e outros lugares, planos de seqüestro e assassinato, etc, para obrigar as autoridades a cansar-se, dando seguimento à falsa informação que foi alimentada;b. permitindo que planos falsos caiam nas mãos da polícia para desviar sua
atenção;
c. plantar rumores para deixar o governo nervoso;
d. explorando cada meio possível de corrupção, de erros e de falhas do governo e seus representantes, forçando-os a explicações desmoralizantes e justificações nos meios de comunicação de massas que mantém baixo censura;
e. apresentando denúncias a embaixadas estrangeiras, às Nações Unidas, a anunciatura do papa, e as comissões internacionais judiciais defensoras dos direitos humanos ou da liberdade de imprensa, expondo cada violação concreta e o uso de violência pela ditadura militar e fazendo conhecer que a guerra revolucionária irá continuar seu curso com perigos sérios para os inimigos da população."
4- A definição do terror e a opção nua e crua pelo terrorismo:
"O terrorismo é uma ação, usualmente envolvendo a colocação de uma bomba ou uma bomba de fogo de grande poder destrutivo, o qual é capaz de influir perdas irreparáveis ao inimigo. O terrorismo requer que a guerrilha urbana tenha um conhecimento teórico e prático de como fazer explosivos.
O ato do terrorismo, fora a facilidade aparente na qual se pode realizar, não é diferente dos outros atos da guerrilha urbana e ações na qual o triunfo depende do plano e da determinação da organização revolucionária. É uma ação que a guerrilha urbana deve executar com muita calma, decisão e sangue frio.
Ainda que o terrorismo geralmente envolva uma explosão, há casos no qual pode ser realizado execução ou incêndio sistemático de instalações, propriedades e depósitos, fazendas, etc. É essencial assinalar a importância dos incêndios e da construção de bombas incendiárias como bombas de gasolina na técnica de terrorismo revolucionário.
Outra coisa importante é o material que a guerrilha urbana pode persuadir o povo a expropriar em momentos de fome e escassez, resultados dos grandes interesses comerciais.
O terrorismo é uma arma que o revolucionário não pode abandonar."
5- As execuções a sangue frio no seu "estado da arte":
"Execução é matar um espião norte-americano, um agente da ditadura, um torturador da policia, ou uma personalidade fascista no governo que está envolvido em crimes e perseguições contra os patriotas, ou de um 'dedo duro', informante, agente policial, um provocador da policia.
Aqueles que vão à polícia por sua própria vontade fazer denúncias e acusações, aqueles que suprem a polícia com pistas e informações e apontam a gente, também devem ser executados quando são pegos pela guerrilha.
A execução é uma ação secreta na qual um número pequeno de pessoas da guerrilha se encontram envolvidos. Em muitos casos, a execução pode ser realizada por um francoatirador, paciente, sozinho e desconhecido, e operando absolutamente secreto e a sangue frio."
6- A cereja do bolo, a guerrilha urbana infiltrada nas manifestações e passeatas:
"As táticas de rua são usadas para lutar com o inimigo nas ruas, utilizando a participação das massas contra ele.
Em 1968, os estudantes Brasileiros utilizaram táticas de rua excelentes contra as tropas da polícia, tais como marchar pelas ruas contra o trânsito, e utilizar estilingues e bolas de gude contra a polícia montada.
Outras táticas de rua consistem na construção de barricadas, atirando garrafas, tijolos, e outros projéteis desde o telhado de apartamentos e edifícios de negócios contra a polícia; utilizando edifícios sob construção para sua fuga, para esconder-se, e para apoiar os ataques surpresa.
(...)
As táticas de rua têm revelado um novo tipo de guerrilheiro urbano, o guerrilheiro urbano que participa dos protestos em massa. Este é o tipo que designaremos como o guerrilheiro urbano manifestante, que se une à multidão e participa das marchas populares com fins específicos e definitivos.
Estes fins consistem em atirar pedras e projéteis de todo tipo, utilizando gasolina para começar incêndios, utilizando a polícia como alvo para suas armas de fogo, capturando as armas dos policiais, seqüestrando agentes do inimigo e provocadores, disparar cuidadosamente nos chefes de polícia que vem em carros especiais com placas falsas para não atrair a atenção.
O guerrilheiro urbano manifestante ensina aos grupos nas manifestações as rotas de fuga se é necessário. Coloca minas, atira bombas Molotov, prepara emboscadas e explosões.
O guerrilheiro urbano manifestante também tem que iniciar a rede dentro da rede, revistando os veículos do governo, os carros oficiais, e os veículos da polícia para ver se tem dinheiro ou armas, antes de virá-los e colocá-los fogo."
7- Os elementos que devem ser arregimentados para a guerrilha urbana:
"Desde agora, os homens e mulheres escolhidos para a guerra de guerrilha urbana são trabalhadores; camponeses a quem a cidade atraiu por seu potencial de trabalho e quem regressarão à área rural completamente doutrinados e tecnicamente preparados; estudantes, intelectuais e sacerdotes. Este é o material com o qual estamos construindo-- começando a guerra de guerrilhas--a aliança armada de trabalhadores e camponeses, com estudantes, intelectuais e sacerdotes.
(...)
Os estudantes se destacam por ser politicamente cruéis e rudes e por tanto rompem todas as regras. Quando são integrados na guerrilha urbana, como esta ocorrendo agora em grande escala, ensinam um talento especial para a violência revolucionária e pronto adquirem um alto nível de destreza político-técnico-militar.
Os estudantes tem bastante tempo livre em suas mãos porque são sistematicamente separados, suspendidos e expulsos da escola pela ditadura e assim começam a usar seu tempo vantajosamente a favor de a revolução.
Os intelectuais constituem a vanguarda da resistência aos atos arbitrários, às injustiças sociais e à inumanidade terrível da ditadura. Eles expandem a chamada revolucionária e tem uma grande influência na população. O guerrilheiro urbano intelectual é o aderente ás moderno da revolução brasileira.
Os homens da igreja, isto é, aqueles ministros ou sacerdotes de várias hierarquias e denominações, representam um setor que tem habilidade especial para comunicar-se com o povo, particularmente os trabalhadores, camponeses, e a mulher brasileira. O sacerdote que é um guerrilheiro urbano é um ingrediente poderoso na guerra revolucionária brasileira, e constituem uma arma poderosa contra o poder militar e o imperialismo norte-americano."
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| Destruição de patrimônio, provocação e estímulo à criminalidade política - tudo dentro do manual |
"Militantes sem causa", na verdade possuem uma, e bem perigosa...
Como já vinha alertando antes, na militância de esquerda não há almoço, mortadela, nem passeata grátis.
A massa de despossuídos do poder, hoje, faz passeatas, invade prédios públicos, repartições, destrói agências bancárias, vitrines e cafés, incomoda moradores, interrompe o tráfego, monta barricadas incendiando lixo e prejudica o comércio.
A turba provoca poluição ambiental, espalha lixo nas vias, faz pichações e queima de pneus. A poluição, contudo, é menos infecta que o confuso besteirol ideológico que seus componentes vomitam nas manifestações, uns sobre os outros... com cobertura da mídia. Uma espécie de retro-alimentação doutrinária.
Nem se diga do uso desmesurado de qualquer pretexto para protestar. De uma mudança no ministério, a vítimas da repressão (necessária para debelar a própria baderna) - tudo serve para canalizar frustrações e justificar estrelismos de autoridades, de defensores de direitos, jornalistas, padres etc.. Um verdadeiro recalque delirante.
Como um "walking dead" em crise de abstinência... A militância ultrapassa o limite da desordem. Busca um pretexto, uma desculpa, uma motivação, uma vítima. Quer atenção da mídia, incluso aquela que chama de golpista...
Contrastada com a leitura do manual, fica evidente não haver vontade própria e, sim, uma estratégia metodicamente preparada e cogitada há muito tempo.
Os movimentos sociais foram cultivados à sombra dos governos petistas (com o beneplácito ignorante e pusilânime de tucanos e peemedebistas). Esses movimentos sempre adotaram o discurso da intimidação.
No grito, conseguem dos governos covardes o que precisam para manterem-se em atividade. Alimentam suas próprias milícias, em moldes paramilitares.
De fato, segundo noticiado, o MST recebeu aproximadamente R$ 152 milhões no primeiro mandato petista. Já o MTST levou mais de R$ 80 milhões do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Apeado o aparato petista do poder, tucanos e peemedebistas não deixaram de alimentar a turba, pontualmente.
Os movimentos sociais foram cultivados à sombra dos governos petistas (com o beneplácito ignorante e pusilânime de tucanos e peemedebistas). Esses movimentos sempre adotaram o discurso da intimidação.
No grito, conseguem dos governos covardes o que precisam para manterem-se em atividade. Alimentam suas próprias milícias, em moldes paramilitares.
De fato, segundo noticiado, o MST recebeu aproximadamente R$ 152 milhões no primeiro mandato petista. Já o MTST levou mais de R$ 80 milhões do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Apeado o aparato petista do poder, tucanos e peemedebistas não deixaram de alimentar a turba, pontualmente.
Como não podem mais ameaçar a nação sob as bençãos do Poder, como até pouco tempo faziam, os líderes dos movimentos tratam agora de atrair a vitimização, gerar violência e desmoralizar a autoridade do governo.
Há uma organização de quadros para essa estratégia. Os movimentos utilizam seus quadros divididos em duas formações, que se alternam na linha de frente dos protestos:
Há uma organização de quadros para essa estratégia. Os movimentos utilizam seus quadros divididos em duas formações, que se alternam na linha de frente dos protestos:
- a equipe A, formada por barbudinhos e mocinhas de bata, sandália e bolsa a tiracolo, velhos políticos, mulheres com crianças, padres e intelectuais, e
- a equipe B, formada pelos armários truculentos da atividade sindical, "black-blocs" encapuzados, estudantes e "jornalistas", para induzir justamente a confusão.
Na retaguarda, pronta para agir e fazer barulho junto à opinião pública, a tropa de choque formada por advogados, procuradores, políticos, órgãos de mídia e autoridades, imbuída da missão de criminalizar a atividade policial na repressão à baderna, encaminhar denúncias para todas as autoridades e mídias - do juiz ao Papa, e intimidar judicialmente dirigentes e encarregados da segurança pública. Seguem estritamente o manual marighelense de contrainformação.
Não há ilusão: a busca metódica é por um pretexto... para fomentar crise institucional e deslanchar uma guerrilha urbana.
Anotem: os líderes de movimentos sociais e agregados militantes têm pressa. Todos correm contra o tempo, por razões inconfessáveis.
O tempo é senhor da razão, e a razão corrói a mentira que a alimenta. Por isso, a necessidade de gerar o conflito, antes que muitos dos que protestam venham a ser presos ou processados na justiça comum, por conta de alguma maracutaia ocorrida nos treze anos de poder esquerdista no país.
A saída é politizar a judicialização inevitável. Confundir e tumultuar.
Os mandantes estão apavorados. A cada dia que passa, mais longe do osso eles ficam. Mais perto da verdade, todos nós ficamos...
A verdade, de fato, é deles a grande inimiga. E as intenções deles, são inimigas nossas.
Marighella, verdade seja dita, pelo menos era um indivíduo corajoso e autêntico. Seus "seguidores" de hoje... apenas seguem, sem mérito, sua cartilha.

Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados, integra o Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, membro da Comissão de Infraestrutura e Sustentabilidade e da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo (OAB/SP). Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal. Responde pelo blog The Eagle View.
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