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segunda-feira, 23 de maio de 2016

THE WALKING DEAD...

Viúvas do Governo Dilma vagam pelas ruas... e pelos corredores escuros das repartições, como zumbis, em crise de abstinência... do Poder



Walking dead - militância em crise de abstinência...



Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro


Com Dilma afastada do poder por ato do Congresso Nacional, sob demanda da sociedade brasileira, viúvas do seu governo vagam pelas ruas do Brasil, repartições públicas, gabinetes, salas de aula  e, também no exterior, martelando o "duplipensar do golpe" como um mantra surrado.

As manifestações são patéticas: como marchas de zumbis de filme B, ressurgidos do esgoto da história. Uma "cracolândia" ideológica da novilíngua dilmista. "Nóias" viciados, em paranoica crise de abstinência.

Com Dilma fora do Planalto, a droga diária não vem mais. Era uma composição catártica de fanfarronice, corrupção, benesses, diárias-manifestação e pão com mortadela...

A massa de despossuídos do poder faz passeatas, cerca a casa do presidente da república em exercício, invade prédios públicos, repartições, bate panelas em frente da casa de ministros,  incomoda moradores, interrompe o tráfego e prejudica o comércio. Provoca poluição ambiental: lixo espalhado nas vias, pichações e queima de pneus. A poluição, contudo, é menos infecta que o confuso besteirol ideológico que seus componentes vomitam, uns sobre os outros e sobre mentes incautas de jurisdicionados e estudantes apalermados - uma espécie de retro-alimentação doutrinária.

Pior ainda é o uso desemesurado por parte da turba, de qualquer pretexto para protestar contra o governo Temer, de um estupro no Rio a um tiroteio envolvendo trágica morte de menor delinquente em São Paulo - tudo para canalizar frustrações outras que não as que se prestariam aos "homenageados em causa", em verdadeiro recalque delirante.

Mas o besteirol não para por aí. O temporal de investigações sobre os escândalos de corrupção do período petista, leva ao desespero a turba de recém-desprotegidos do poder. A essa turba resta agora contar com subordinados e indicados, aboletados nos escaninhos da jusburocracia republicana, para acolher os rompantes proselitistas e as desculpas mais esfarrapadas, visando instalar o caos procedimental, obstruir a condução de processos, tirar da manga soluções jurídicas absurdas, inverter as provas e vitimizar os caídos na malha da lei. 

Walking dead em crise de abstinência...  A militância de "todos e todas" vai ao limite da desordem. Busca um pretexto, uma desculpa, uma motivação, uma vítima. Quer atenção da mídia, aquela que chama de golpista...

Não há vontade própria - há uma estratégia. Não se pode mais ameaçar a nação sob as bençãos do Poder. Assim, visando facilitar a vitimização:
A - entram novamente em cena os "militontos" barbudinhos e mocinhas de bata, sandália e bolsa a tiracolo;
B - saem de cena aqueles armários truculentos - a tropa de choque introduzida por Lula no ato da ABI "em defesa da Petrobrás", e mantida em guarda até os derradeiros dias de Dilma no Palácio do Planalto.

Não há ilusão. Há busca metódica por um pretexto.

Essa militância corre contra o tempo. O tempo é senhor da razão, e a razão corrói a mentira que a alimenta.  Por isso, a necessidade do conflito.

Seus mandantes, contudo, estão apavorados. A cada dia que passa, mais longe do osso eles ficam. Mais perto da verdade, todos nós ficamos...

A verdade, de fato, é deles a grande inimiga.





Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e da Comissão Nacional de Direito Ambiental do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.



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