Ou
Como o governo frustrou o golpe de estado do "governo" petista
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| Alto Comando do Exército - resposta dura contra o que seria um verdadeiro golpe... |
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
No dia 23 de março deste ano o senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, veio a público com uma notícia bombástica: Dilma estaria pensando em decretar Estado de Defesa.
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| Caiado. Senador denunciou a tentativa de golpe |
A notícia batia com os rumores de um fato bastante desconfortável. A Presidente Dilma, acuada pela situação política periclitante de seu governo, foi aconselhada pelo seu "núcleo duro" petista, a usar o expediente de Convocar emergencialmente o Conselho de Defesa, visando decretar o Estado de Defesa.
Porém, ao comunicar sua intenção ao Comandante do Exército, foi surpreendida por este, que de forma firme e objetiva, informou não existir qualquer razão para o pretendido decreto. Desgostosa, a chefe do executivo teria reagido de forma absolutamente destemperada, destratando o militar, que se limitou a recuar um passo, prestar continência, virar as costas e ir embora... solenemente.
Porém, ao comunicar sua intenção ao Comandante do Exército, foi surpreendida por este, que de forma firme e objetiva, informou não existir qualquer razão para o pretendido decreto. Desgostosa, a chefe do executivo teria reagido de forma absolutamente destemperada, destratando o militar, que se limitou a recuar um passo, prestar continência, virar as costas e ir embora... solenemente.
A notícia vazou e foi recebida basicamente de duas maneiras nas redes sociais. De um lado, alguns acusaram o senador de estar criando alarmismo de maneira desnecessária. Já outros, especialmente extremistas de direita e defensores da intervenção militar, chamaram o Comandante do Exército, General Villas Bôas de covarde, traidor, carreirista e outros apelidos piores.
Quando entrou em ação a máquina de desmentidos do Palácio do Planalto, surge o Senador Aécio Neves, do PSDB, para deixar claro que Caiado não estava blefando.
A oposição dava um alerta: o núcleo petista no Planalto, realmente tinha planos golpistas.
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| General Villas Boas: ponderação contra o destempero |
No entanto, os atores desse drama absurdo não se encontram na oposição. Atuam no centro do poder, no próprio governo.
Coube ao Comandante do Exército por fim ao que seria uma farsa desastrosa. E o fez sem fugir um único milímetro de suas atribuições funcionais, agindo rigorosamente dentro da Constituição.
Após saber das péssimas intenções presidenciais, o General Villas Bôas chamou à Brasília os comandantes das quatro regiões militares e realizou uma reunião de emergência do Alto Comando.
Coube ao Comandante do Exército por fim ao que seria uma farsa desastrosa. E o fez sem fugir um único milímetro de suas atribuições funcionais, agindo rigorosamente dentro da Constituição.
Após saber das péssimas intenções presidenciais, o General Villas Bôas chamou à Brasília os comandantes das quatro regiões militares e realizou uma reunião de emergência do Alto Comando.
O Alto Comando, então, apoiou a ideia de informar que as Forças Armadas brasileiras não aceitariam qualquer ordem que considerassem absurda.
De fato, analisada a situação, a regularidade do funcionamento das instituições nacionais e a obediência estrita aos ditames da Constituição, não havia qualquer requisito jurídico-institucional que justificasse a convocação de Conselho e decretação do Estado de Defesa.
Tomada a decisão, foram todos os membros do alto comando, fardados, comunicar sua preocupação ao Ministro da Defesa, Aldo Rebelo.
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| Aldo Rebelo com os chefes militares - interlocução e maturidade ante a crise |
Aldo foi informado que o Regulamento Militar era muito claro: não se admite cumprimento de ordem manifestamente ilegal.
Aduziram os comandantes ser, inclusive, dever de todo militar dar voz de prisão a quem ousasse expedir qualquer tipo de ordem absurda na escala hierárquica.
Aduziram os comandantes ser, inclusive, dever de todo militar dar voz de prisão a quem ousasse expedir qualquer tipo de ordem absurda na escala hierárquica.
Aldo, embora um comunista, sempre foi um patriota. Compreendeu a questão, foi à Dilma e informou que não haveria qualquer apoio de sua pasta para a decretação do Estado de Defesa.
O governo, assim, pôs fim à tentativa golpista do próprio "governo" petista...
Todos os movimentos foram públicos e regulares. Os Senadores da República e demais autoridades que vieram conversar com o General, foram orientados a entrar pela porta da frente do Comando, sem qualquer medida para ocultar a reunião.
Todas as ações foram regimentais e legais. A idéia era deixar claro que não se estava conspirando, articulando, ou agindo nas sombras. As instituições funcionaram dentro da ordem constitucional, para demover a chefia do Estado de adotar ação desestabilizadora e inconsequente.
O fato claro e objetivo era que as Forças Armadas brasileiras não adeririam a qualquer tipo de restrição às liberdades do cidadão, à liberdade de imprensa e à atividade do Congresso Nacional.
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| Dilma e seu ministro palaciano, Jaques Wagner destempero e frustração |
Assim, "violas postas nos respectivos sacos", seguiu o governo atento ao processo de impeachment, de forma pacífica, permitindo que as decisões fossem adotadas no plenário da Câmara Federal e Senado.
Os chamados "movimentos sociais", ligados à Dilma Rousseff, cujos líderes, ao que tudo indicava, já esperavam a manobra presidencial para iniciar sua "luta contra o golpe", acabaram, no final, "pulando miudinho".
O Comando Geral do Exército, assim, manteve estrita observância à ordem e ao Estado Democrático de Direito. Cumpriu sua missão militar e institucional. Ajudou a preservar a democracia e as instituições.
O General Villas Boas foi um personagem decisivo. Ele se comportou com excepcional serenidade. Também não demonstrou qualquer disposição para bater boca ou dialogar com fanáticos de qualquer viés. Merece o respeito que lhe será conferido pela História.
Já o "Titanic Dilma" e seu "núcleo duro" de conselheiros petistas, seguem adiante, naufragando, e com eles o governo e a economia do país.
Destroem os petistas, a imagem internacional do Brasil, quando vociferam contra o processo de impeachment de sua presidente, que nada mais é que uma manifestação orgânica típica do nosso regime constitucional democrático, à qual resolveram denominar como "golpe"...
Freud diagnosticaria facilmente esse comportamento infantil e imbecil: "sintomático"...
Já o "Titanic Dilma" e seu "núcleo duro" de conselheiros petistas, seguem adiante, naufragando, e com eles o governo e a economia do país.
Destroem os petistas, a imagem internacional do Brasil, quando vociferam contra o processo de impeachment de sua presidente, que nada mais é que uma manifestação orgânica típica do nosso regime constitucional democrático, à qual resolveram denominar como "golpe"...
Freud diagnosticaria facilmente esse comportamento infantil e imbecil: "sintomático"...
Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e da Comissão Nacional de Direito Ambiental do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.
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