Páginas

sexta-feira, 10 de abril de 2020

CLOROQUINA É APENAS UM INGREDIENTE NO COQUETEL DE IDIOTICES DO DEBATE NACIONAL

Deslealdade, tibieza, mesquinhez, leviandade e ignorância, não se prestam a legitimar uma liderança em tempos de crise...      


Presidente Bolsonaro ironiza a existência do gabinete do ódio...


Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro


Da mesma forma que pimenta do reino no "Bloody Mary", a cloroquina compõe um extenso coquetel de substâncias, cuja proporção irá depender de outra série de fatores "ao gosto do freguês".

A cloroquina é medicamento consagrado contra uma série de doenças crônicas e tropicais, inclusive virais. Pode surtir efeito contra o corona vírus, pois é redutor de carga viral conhecido. 

Porém, com certeza, isoladamente não cura a doença.  É um remédio de uso comum, cuja receita sequer ficava retida. Passou a ter uso mais restrito justamente porque Bolsonaro fez propaganda como elixir contra a pandemia e os hipocondríacos saíram comprando o que podiam, causando escassez nas farmácias e prejudicando quem realmente precisava - como os portadores de lúpus, malária e outras doenças crônicas. 

Cloroquina (e também a ivermectina - utilizada em casos de verminose) poderiam compor um arsenal de recursos periféricos no trato de uma doença que parece se tornar mais complexa do que parece, à medida em que o vírus causador do mal "aprende" com o organismo que o hospeda. No entanto, tornaram-se alvo de uma batalha campal de ordem política. 

Na verdade, o componente da fórmula ganhou destaque por absoluta falta de outro pretexto para gerar uma polarização.

Explico:

O único interesse nessa discussão cloroquinada é "criar lado".  Nada a ver com a saúde da população.

Na verdade, foi Donald Trump,  quando ainda agia de maneira completamente irresponsável em relação á pandemia que agora devasta os EUA, quem decidiu anunciar ao mundo que a cloroquina é um medicamento de eficácia 100% comprovada. Trump patrocinou uma fake news farsesca, investindo, literalmente (era diretamente interessado no negócio), em uma substância de efeito variado conforme o freguês - um mero componente de um coquetel muito complexo que acabou provocando uma corrida ás drogarias e  de nada resolveu para a pandemia - tanto que nos EUA os esforços por buscar uma cura continuam (e Trump nem toca mais no assunto).

Mas o estímulo ao anti-intelectualismo, típico dos ressentidos, é norma de conduta entre os que sistematicamente desacreditam da ciência.
  
Esse grupo de ressentidos com a inteligência, ao se apontar a cloroquina como salvação, procurava se prevenir do comportamento europeu e asiático, de impor quarentenas em cidades inteiras - isso porque a medida requer raciocínio intelectual, valoração e sopesamento de interesses - e populistas não trabalham com isso, trabalham com catarses emocionais e conceitos toscos.  

Assim, a "brilhante" ideia republicana foi a de  convencer a população de que o vírus podia ser facilmente curado com cloroquina - dessa forma não haveria porque se impor medidas de isolamento e a recessão não iria interferir nas eleições nos EUA. 

A lição dos fatos não tardou a chegar aos norte-americanos, que estão aprendendo a duras penas.

Porém, seguindo aquela máxima da doutrina Monroe, de que "o que é bom para os EUA, é bom para o Brasil", a mesma onda da cloroquina superar o debate científico, foi importada e reprocessada pelos "gênios" do bolsonarismo - em especial o famoso "gabinete do ódio". 

O "gabinete do ódio" é formado por um grupo de assessores formais e dezenas de outros informais, que se identificam como "olavistas" e "direitistas" - embora os verdadeiros direitistas os desprezem e o próprio Olavo de Carvalho negue o chamado "olavismo". 

Essa troupe de artistas do teclado, mestres do twitter e manequins de youtube, não sabe ao certo o que é ser de direita ou o que é "olavismo"... No entanto entanto cuidam de "blindar" e "defender" o Presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais e mídias digitais. Fabricam, para tanto, todo tipo de material destrutivo, contra ideias, fatos e pessoas. Trabalham com esmero para produzir desinformação e perseguir até aliados.  

Em verdade, o grupo parece que se resume a baba-ovos do teclado, que  sonham vestir Hugo Boss com braçadeira mas  não passam do bermudão da Renner com chinelo de dedo. 

O grupo aconselha mal o presidente, que por mais que seja também bem aconselhado pelo seu gabinete de governo, por razões familiares óbvias, empresta seus ouvidos às intrigas montadas por aquela troupe.

Os efeitos desse grupo - e da preferência dada a ele pelo presidente, têm sido nefastos para a própria liberdade de expressão e do respeito devido à cidadania. A poluição  pretensamente bolsonarista, que causaram e  causam nos meios digitais, foi a principal razão dos mecanismos de impulsionamento e  compartilhamento nas redes sociais se encontrarem, hoje, extremamente reduzidos e absurdamente caros para o cidadão comum. 

O ódio e seus cultivadores,  sobrevivem da simbiose formada pelo atrito constante do governo com a extrema imprensa, extrema esquerda, intervencionistas, globalistas e toda ponta visível do chamado establishment. Também buscam se justificar como fornecedores de conteúdo para governistas fanáticos, soberanistas e direitistas de todos os matizes. 

Esse "remédio", no entanto, intoxica e pode matar o paciente...

O grupo de "gênios" sempre foi dissimulado e negado oficialmente pelo palácio. Porém, por obra divina, terminou se expondo no episódio da pandemia do coronavírus, a ponto de poder ser facilmente identificado.  Essa identificação  pode facilitar sua remoção e profilaxia no governo. Isso, se realmente houver, por parte de quem atua de forma responsável junto à chefia do executivo,  vontade política  para salvar a República e atender à imensa maioria que votou nas reformas e nas mudanças, contra o populismo e a demagogia barata. 

Caso contrário, servirá de pretexto para uma judicialização completa da conduta governamental, sob a tutela da pior judicatura da história do judiciário brasileiro, que não perderá a oportunidade de impor censura ideológica e "enquadrar" as reformas queridas pelos eleitores e prometidas por Bolsonaro.




A eficiência do grupo do ódio em produzir o mal, não se reflete em eficácia  para o bem do governo.   No caso da pandemia, por exemplo, a troupe até o momento não acertou uma... 

Primeiro, manobrou errado, apostando que haveria "revolta e desobediência civil contra a quarentena" - e esse fato desgastaria os governadores. Então o grupo aconselhou o presidente a não baixar uma norma nacional de comportamento preventivo contra a pandemia. 

O Brasil, assim, ficou privado de ter uma orientação federal que estabelecesse regras claras para o chamado afastamento social e limitasse a quarentena, se necessária,  apenas aos lugares necessários - salvando a economia.

O presidente, porém, se omitiu de assumir a liderança nacional no combate á pandemia. Primeiro, negando a gravidade do problema; depois, negando validade a qualquer forma de combate.

Diante da omissão atabalhoada, os Governadores e Prefeitos assumiram a condução do gerenciamento da crise e seguiram o plano de contingência nacional, que prevê quarentena e isolamento. Alguns foram mais adiante e isolaram suas cidades.

De fato, o Globalismo Internacional - que já estava em crise com o avanço da direita conservadora na Europa e Estados Unidos, viu na pandemia sua chance de retomar o controle da mídia sobre as massas por meio do "pânico" e do "combate ao inimigo euroasiático" - tal qual o romance 1984 de George Orwell. Também percebeu a vantagem de condicionar as mentes frágeis dos apavorados pela peste, com o isolamento social - tal qual o romance existencialista de Albert Camus. 

Óbvio que nesse pandemônio, a pandemia tomou ares de campanha política ideológica,  e o caos se instalou no território nacional. 

Porém,  apesar do oportunismo descarado de parte a parte, e das acusações de Bolsonaro contra os governadores, culpando-os  pelo pandemônio na pandemia, a população  se conscientizou dos riscos do contágio e, na confusão,  permaneceu obediente à orientação da Saúde Pública. 

A esperada "revolta", então, não ocorreu.  Porém, a esquerda oportunista "deitou e rolou", sobre o governo, provocando impressionante desgaste.

Frustrado na sua primeira expectativa, o grupo de "gênios" decidiu,  então, que o presidente deveria desconsiderar os efeitos da pandemia na saúde pública, adotando uma posição utilitarista. Poderia, assim,  atrair para si os empresários, comerciantes, trabalhadores autônomos - enfim, os prejudicados economicamente pela quarentena.  

O presidente seguiu o "conselho". Porem, o fez sem adotar na caneta qualquer medida no sentido do seu discurso. Quando ameaçou fazê-lo, fê-lo tarde, com os governos dos demais entes federados em plena ação de implementação de medidas. E, então, o STF decidiu preventivamente impedi-lo.  A corte simplesmente aplicou norma expressa da Constituição Federal... (art. 24 da CF), porém com viés absurdamente intervencionista.

As teses da "gripezinha", da minimização das consequências da doença, dos exemplos (falsos ou distorcidos) de que  era possível tratar do problema sem medidas drásticas de afastamento social... e de que as ações preventivas na área da saúde eram parte de uma "conspiração comunista com o apoio da China", pulularam nas redes sociais e nas conversas de porteira do Alvorada.  Justamente na semana em que Itália e Espanha expunham ao mundo os efeitos maléficos ocasionados pelo vírus, subestimado inicialmente pelos respectivos governos. 

O resultado do discurso do presidente brasileiro foi um desastre de reflexos internacionais e logo precisou ser corrigido. 

Nesse momento, parece ter o estamento militar acordado para a tragédia e para o consequente risco de perda da governabilidade. A correção de rumos deu-se, então, sob a orientação do gabinete da presidência formado pelos ministros militares, que trataram de auxiliar o mandatário brasileiro a fazer um pronunciamento neutro, dirigido oficialmente à Nação.

Frustrado de novo em suas expectativas, o grupo de "gênios" tirou da manga o velho truque populista do salvacionismo, restaurando a ilusão americana da cloroquina. 

Convencido o presidente, a primeira resistência foi justamente o corpo técnico instalado no Ministério da Saúde - razão pela qual iniciou-se o bombardeio sobre o ministro Mandetta e quem viesse (e vier) do campo médico-científico,  provocando uma cisão interna na política de combate à pandemia - isso no momento em que se apresentavam bons resultados na estratégia adotada pelo ministério de buscar se articular com os estados, evitando atritos políticos. 

Como o debate técnico sobre o método de prevenção física à pandemia (adotar isolamento vertical ou isolamento horizontal),  não resultava em algo "binário", facilmente perceptível para uma massa de gente apavorada pela campanha de pânico adotada pela mídia mainstream,  o grupo de gênios do teclado, no entorno do Presidente, entendeu que o antagonismo teria que se dar com foco numa substância milagrosa, a fórmula que salva. Dessa forma,  o "grande e genial líder" seria vinculado à "salvação" do Brasil.  

A cloroquina, portanto, entra nesse coquetel marqueteiro. Não pela sua composição química ou propriedades de cura, mas sim pela simplicidade de compreensão do vulgo. 

Os "cloroquinadores" entenderam que um produto "simples" seria o rótulo ideal. E  foi daí que surgiu o objetivo de colar nas redes sociais a imagem do  "Capitão Cloroquina" no Capitão Bolsonaro.  

Mas a tarefa não resultava. 

Por mais que se tenha despejado a colagem de imagens sobre as redes sociais, com o auxílio dos robozinhos digitais e humanos (que repassam o que recebem pelas infovias), o problema remanescia. Estava justamente na fórmula e nos seus aplicadores. 

A substância não age de per si. Aliás, isoladamente ela é uma droga - uma nitro-glicerina que "explode" o paciente se for mal manipulada. É portanto um ingrediente, um tempero marcante que necessita de prescrição, em um enorme coquetel de antibióticos, anticoagulantes, anti-inflamatórios, zinco, etc. Não por outro motivo, os protocolos adotados a nível federal e nos estados,  terminou por limitar o seu uso - algo extremamente prejudicial para quem poderia ter Cloroquina para tratamentos para os quais, ordinariamente, ela já se fazia usual.

Mas a ciência é a última das preocupações do grupo  radical bolsonarista - só ficando à frente da nenhuma preocupação com a saúde da população dos que pregavam - dia e noite, o pânico na grande imprensa. Os conselheiros "ideológicos" de Bolsonaro, porém,  estavam mesmo  empenhados em criar um personagem de história em quadrinhos. 

Daí, sobreveio a necessidade de também ampliar o marketing do mal com um coquetel suplementar de maldades virtuais. Era preciso criar "lado" para a cloroquina e, portanto, era necessário criar "vilões" e "heróis" - contra e a favor da cloroquina.

A cloroquina, então, passou a usar "braçadeira" e a quarentena tornou-se um "método comunista"... e a difamação passou a correr solta nas redes sociais - tornando os imbecis ainda mais idiotas e ousados nos diálogos agressivos em grupos de discussão. 

Posto isso, o gabinete do ódio, de um lado, e o establishment, de outro, trataram, nas últimas duas semanas, de metralhar e moer reputações de ministros, médicos, cientistas, prefeitos, governadores, deputados, jornalistas, etc... Sempre opondo todos à salvação preconizada pela cloroquina ou demonizando aqueles que ponderavam pelo seu uso. Criaram um cenário alucinógeno,  com uma miragem direcionada para a volta ao trabalho e a recuperação econômica... versus os que apelaram para "primeiro a saúde, a economia vem depois".

Mas tudo tem limite. 

Nesse caso, a corda puxada pela troupe de bermudão está esticada demais e pode se romper. De fato, por maior que seja a manipulação, não cabe tamanha simplicidade de raciocínio em algo tão complexo como é o combate á pandemia. 

O resultado é que a estratégia de manipulação não está gerando  o personagem super-herói de histórias em quadrinhos. O que deveria ser a redenção do "Capitão Cloroquina", tornou-se uma imensa poluição de bobagens nas redes sociais. Os seguidos atritos e a obsessão por um protocolo que permita despejar sobre os incautos um kit cloroquinado, está gerando profunda cisão até mesmo entre apoiadores do governo e defensores técnicos da própria substância. 

O desgaste parece ser maior que o benefício. 

A poluição bolsonarista causada nas redes sociais tornou-se facilmente identificável. A origem das maledicências parece estar colada na figura do presidente. Avança para a imagem das próprias forças armadas. A futilidade da manobra politiqueira e o comportamento leviano pelo líder  o desgasta na velocidade do avanço da Covid-19.  

Por sua vez, o líder da Nação se encolhe a cada dia, e alterna pronunciamentos oficiais neutros com performances que incentivam à desobediência civil, gerando uma disfunção comportamental que causa preocupação para muito além da política. 

O risco parece óbvio:  na hipótese de um acirramento do combate à pandemia, toda essa manobra poderá custar muito caro ao governo Bolsonaro e ao País. O risco assumido é muito grave. Nessa pantomima alucinógena, nosso presidente pode trombar feio com a dura realidade e arriscar a governabilidade do Brasil.  

De uma forma ou outra, a deslealdade, a tibieza, a mesquinhez, a leviandade e a ignorância, não se prestam a legitimar uma liderança em tempos de crise. Isso, o senso comum do povo identifica e não perdoa. O grupo de "gênios" ao qual nosso presidente costuma dar ouvidos,  não irá salvar o palácio da cólera pós coronavírus. Pelo contrário,  está conduzindo o Planalto para um labirinto lotado de armadilhas e impasses. 

Essa disfunção parece já estar sendo observada pelo gabinete oficial formado pelos militares - um gabinete que não veste bermudão, não produz lives amadoras recheadas de termos chulos, não bate boca com focas na porteira do palácio do alvorada e não confraterniza com paramilitares de camiseta amarela e calça de camuflagem.   

Os componentes desse outro gabinete, são oriundos de uma força armada que combateu a verdadeira turma das braçadeiras - a que de fato vestia Hugo Boss,  setenta e cinco anos atrás... 

O conflito será inevitável. Enquanto a face vencedora de Janus não se define no governo, aumenta a desconfiança do líder e acumulam-se desavenças. Ministros são expostos, aliados se afastam, acordos são prejudicados, articulações se atrapalham, incidentes diplomáticos se somam e reputações seguem destruídas. Nada se faz de bom pelo regime, pela república, pelo Brasil. 

Essa ação nefasta da troupe do mal, estimulada de certa forma pelo próprio presidente, está provocando a metamorfose no governo Bolsonaro que já denominei de "síndrome de Janus" -  duas caras na mesma figura presidencial e seu governo. O resultado é potencialmente monstruoso. 

Há, portanto, que se por um fim a esse vírus. Não o coronavírus, mas o vírus do "gabinete do ódio",  inoculado  no Palácio do Planalto - próximo ao presidente. Daqui a pouco, até a sonhada vacina ganhará lados... e a imunização da população será posta em risco...

Urge, portanto, parar com essa batalha proselitista.

O Presidente deveria observar que, do outro lado da colina, está na espreita um inimigo derrotado numa batalha eleitoral, porém firmemente instalado no Judiciário, no Parlamento, no deep state, universidades e na grande mídia. Ele conta com o apoio do Globalismo internacional se sua poderosa fábrica do medo e do catastrofismo. Não é momento para errar!

Hora do Presidente agir com profilaxia, dentro e fora do palácio.

Essa profilaxia, se ocorrer,  se fará pelo bem do governo e do Brasil. 





Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio do escritório Pinheiro Pedro Advogados.  Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa - API.  É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View". Foi integrante da equipe que elaborou o plano de transição da gestão ambiental para o governo Bolsonaro.











9 comentários:

  1. Fiquei impressionado com o currículo desse cientista, infectologista, epidemiologista e PHD em doenças pulmonares.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. não seria mais competente do que o ignorante do Bolsonaro, que faz papel do mesmo cientista, infectologista, epidemiologista e, também, PHD em doenças pulmonares e, pior, quer disseminar a ideia de que é o descobridor da Penicilina.

      Excluir
  2. Ol@ Fernando...
    Finalmente vc está "enxergando". Estou falando para vc há 700 anos! Mas jb precisou ir tão longe para vc admitir o que esta seita tem feito em especial ao país?
    É absolutamente inominável e irresponsável o que jb está fazendo.
    O tempo trará a colheita... Abs

    ResponderExcluir
  3. Caro Pinheiro Pedro
    É estranho notar como se deu essa sua mudança de opinião pois antes ouvia sua manifestações evocando valores de JB e defendendo-o como fiel escudeiro.
    Seria essencial para uma perfeita avaliação, saber os fatores que o fizeram, de hora para outra, mudar o discurso.
    Alerto que JB não tem e ninguém, posto que são atribuições a políticos, terá meu cheque em branco.
    Mas, em sua manifestação vc defende as ações do mandetta, governadores e prefeitos mesmo após o ministro, também não sei a razão de sua mudança radical, todavia presumo, haver passado um pito no dória que, pasme, queria trazer para o uip a glória de pedir disponibilização ao SUS de citada droga.
    O mesmo uip que, curado pela hidroxicloroquina, negou-se a dizer que fora ela a razão de sua cura, só voltando atrás quando divulgaram a receita em seu nome......
    E vc vem elogiar essa plêiade de doria, witszel, acm neto, caiado e outros que estão fazendo mundos e fundos para inviabilizar esse governo que está sintonizado com o queremos, nós população trabalhadora e vocacionada nos princípios e costumes tão vilipendiados por esses que, mancomunados, buscar livrar-se da condenação que virá caso este país torne-se uma verdadeira civilização.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Estará melhor sintonizado com o que queremos se tiver o CARÁTER necessário para demitir o Gabinete do Ódio; se afastar os filhos da gestão (afinal ele é um presidente e não um monarca, e os filhos, maiores e capazes de cuidar das próprias vidas); e se der o devido crédito à boa ciência.

      Excluir
    2. Quanto à droga milagrosa, só posso crer que tenha trazido benefícios, SE aconteceu, em poucos casos. NÃO é evidência científica de sua validade para QUALQUER caso e consequentemente NÃO justifica uma política pública baseada nela.

      Excluir
    3. Esqueceu-me dizer que ele deveria mandar o Olavo de Carvalho pra órbita de Júpiter e parar de nomear "indicados" pelo pseudo-intelectual.

      Excluir
  4. absolutamente real a contextualização do que você escreveu. Claro como a luz do sol que esse energúmeno desse Bolsonaro só tem ódio no coração, desfaçatez no discurso e incompetência na gestão. Problemas psicológicos sérios, tanto que precisa viver testando sua popularidade com a necessidade mesquinha de cativar afagos públicos. Uma pequenez sem precedentes na história. O tempo mostrará para aqueles que julgam ser esse cara o paladino da idoneidade e da moral, um mero maluco com discursos vazios e retóricos. Tenham dó da inteligência alheia. Não reivindiquem intolerância com malversação pública para avalizar as torpezas dessa criatura proselitista e insana.

    ResponderExcluir

Seja membro do Blog!. Seus comentários e críticas são importantes. Diga quem é você e, se puder, registre seu e-mail. Termos ofensivos e agressões não serão admitidos. Obrigado.