Pra que traduzir... se é melhor subentender?
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
Keith Reid, tomando café em um bar, ouviu alguém dizendo para uma garota “You’ve gone a whiter shade of pale”...
Assim, no estalo, por acaso e pelo título, começou a história da canção com a letra misteriosa, que faz parte da história de todos os que viveram as décadas de 60, 70 e 80.
A música A Whiter Shade of Pale marcou a carreira do Procol Harum, Joe Cocker, Anie Lenox e 900 outros artistas...
Seu conteúdo envolve Shakespeare, Milton, mitologia celta e espiritismo. Natural para o período, da contracultura especulativa e pretenciosa dos amantes de tudo... que todos éramos ou nos tornamos em algum ponto daquelas décadas.
As frases contidas na letra são poéticas e plenas de variadas interpretações. Expressam o caráter psicodélico do então nascente Rock Progressivo - envolvendo músicos, interpretes e ouvintes em uma viagem que podia ser tão iluminada quanto sinistra...
Eu mesmo, até hoje, procuro buscar significados em A Whiter Shade of Pale. Encontro ali expressões de romantismo, envolvimento, ensimesmamento e arrependimento... ou viagens sintomáticas de natureza estupefaciente, neuro estimulante e alucinógena.
O efeito é saudosista, sombrio e romântico... esmaece como o rosto da jovem que queria seguir com as vestais para o litoral mas... desapareceu, sem ser ouvida pelo autor da narrativa, ora ensimesmado, ora arrependido.
A tradução é um desafio... melhor subentender...
Assista o vídeo, ouça a música:
Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e das Comissões de Política Criminal e Infraestrutura da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/SP. É Vice-Presidente da Associação Paulista de imprensa - API, Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.
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Música maravilhosa!
ResponderExcluirA primeira vez que ouvi foi no filme Oblivion, nossa, foi amor a primeira vista!
Essa música tem muitos"quês"de misterios e é o que faz dela a mais linda canção que já ouvi. Pesquisando sobre ela, descobri que foi lançada em 12 de Maio de 1967 e meu aniversário é dia 13 de Maio, força do acaso? Não sei, não acredito em acasos! Acredito que somos únicos, mortais vivendo em um tempo ímpar. Avida é bela demais para ser composta de fragmentos oriundos de um mero acaso. A vida é bem mais que isso.
Gostei do texto, obrigado!
Att: Deleon Araújo.
Obrigado.
ExcluirConsidero uma das três canções mais bonitas e tocantes do milênio... Verdadeira obra prima, não envelhece , e a cada vez que se ouve mais encanta.
ExcluirEu amo está música!! Quantas recordações! Obrigada pelas lembranças.
ExcluirHoje, 19/07/2020 - Que texto, que música! Escutei "A whiter shade of pale", tentei entender a letra...encontrei seu texto...Brilhante!
ResponderExcluirUma viajem, no eu profundo de cada um, descobrindo os potenciais de nos mesmos, a União de linhas do tempo, um passado distante, um presente acontecendo e um futuro sendo contruido, no universo de nos mesmos, a letra tem inúmeros significados mais que INTERPRETAR procure SENTIR ...
ExcluirJoserenatosf@gmail.com psiquiatra consultório (11) 2788-3889
ResponderExcluir... e eu agora em Kalamazoo-MI me deliciando com esta linda música depois de ter lido este belo texto introdutório
ResponderExcluirÉ muita recordação boa !
Boa noite a todos !
Meu nome é Sidney
Excluirsf.godoy@hotmail.com
Queria ouvir versão gospel da cancao não sei quem gravou só sei que o refrão era eterno amor começava assim se não tivesse Deus operando em minha vida...
ResponderExcluirVersão de Mara Lima, "Minha outra metade" é perfeita!
ExcluirEssa música é demais mesmo...muitas lembranças maravilhosas de um tempo em que esperávamos o fim de semana chegar para, quem sabe, o rapaz digno de nosso amor platônico nos tiraria para dançar de rosto coladinho nos bailinhos da garagem do pai de algum membro da turminha de adolescentes. Só não sabíamos traduzir nada, não sabíamos que a letra narrava alguma viagem alucinógena. Que bom era nao saber, pois aí só o que nos restava era fechar os olhos e sentir, sentir o mundo rodando dentro daqueles braços, o toque do rosto, o perfume da pele e a força do corpo masculino em formação que nos abraçava...e sentir algo ainda que não sabíamos o que era, algo estranho que depois chamaríamos de atração e, talvez, mais tarde, de paixão e, e depois ainda, de amor...bem forte tudo isso.
ResponderExcluirSimplesmente maravilhosa.
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